Cancioneiro - Cansa Sentir Quando se Pensa

Cansa Sentir Quando se Pensa

Cansa sentir quando se pensa.
No ar da noite a madrugar
Há uma solidão imensa
Que tem por corpo o frio do ar.

Neste momento insone e triste
Em que não sei quem hei de ser,
Pesa-me o informe real que existe
Na noite antes de amanhecer.

Tudo isto me parece tudo.
E é uma noite a ter um fim
Um negro astral silêncio surdo
E não poder viver assim.

(Tudo isto me parece tudo.
Mas noite, frio, negror sem fim,
Mundo mudo, silêncio mudo —
Ah, nada é isto, nada é assim!)

Fonte: http:// www.ciberfil.hpg.ig.com.br

Submited by

Tuesday, September 29, 2009 - 17:47

Poesia Consagrada :

No votes yet

FernandoPessoa

FernandoPessoa's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 13 years 37 weeks ago
Joined: 12/29/2008
Posts:
Points: 745

Add comment

Login to post comments

other contents of FernandoPessoa

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Em toda a noite o sono não veio 0 697 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Deixo ao cego e ao surdo 0 516 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Depois que o som da terra, que é não tê-lo 0 825 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Depois que todos foram 0 809 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Desfaze a mala feita pra a partida ! 0 461 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Desperto sempre antes que raie o dia 0 898 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Deus não tem unidade 0 801 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Deve chamar-se tristeza 0 504 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Do fundo do fim do mundo 0 642 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Dói-me no coração 0 648 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Dói-me quem sou. E em meio da emoção 0 1.228 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Do meio da rua 0 659 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Dorme, criança, dorme 0 682 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Dormir! Não Ter desejos nem 'speranças 0 913 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Do seu longínquo reino cor-de-rosa 0 658 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Cheguei à janela 0 668 11/19/2010 - 16:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Chove. Que fiz eu da vida ? 0 506 11/19/2010 - 16:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Clareia cinzenta a noite de chuva 0 1.016 11/19/2010 - 16:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Começa, no ar da antemanhã 0 482 11/19/2010 - 16:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Como às vezes num dia azul e manso 0 414 11/19/2010 - 16:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Como é por dentro outra pessoa 0 550 11/19/2010 - 16:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Como nuvens pelo céu 0 666 11/19/2010 - 16:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Como um vento na floresta 0 898 11/19/2010 - 16:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Criança, era outro... 0 497 11/19/2010 - 16:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - De aqui a pouco acaba o dia 0 578 11/19/2010 - 16:54 Portuguese