Cancioneiro - Fosse eu apenas, não sei onde ou como

Fosse eu apenas, não sei onde ou como

Fosse eu apenas, não sei onde ou como,
Uma coisa existente sem viver,
Noite de Vida sem amanhecer
Entre as sirtes do meu dourado assomo....

Fada maliciosa ou incerto gnomo
Fadado houvesse de não pertencer
Meu intuito gloríola com Ter
A árvore do meu uso o único pomo...

Fosse eu uma metáfora somente
Escrita nalgum livro insubsistente
Dum poeta antigo, de alma em outras gamas,

Mas doente, e , num crepúsculo de espadas,
Morrendo entre bandeiras desfraldadas
Na última tarde de um império em chamas...

Fonte: http:// www.ciberfil.hpg.ig.com.br
80

Submited by

Thursday, October 1, 2009 - 17:24

Poesia Consagrada :

No votes yet

FernandoPessoa

FernandoPessoa's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 13 years 34 weeks ago
Joined: 12/29/2008
Posts:
Points: 745

Add comment

Login to post comments

other contents of FernandoPessoa

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Mas eu, alheio sempre, sempre entrando 0 555 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Mas o hóspede inconvidado 0 607 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Minha alma sabe-me a antiga 0 627 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Minhas mesmas emoções 0 822 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Minha mulher, a solidão 0 611 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Na noite que me desconhece 0 354 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Não digas nada! 0 640 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Não quero rosas, desde que haja rosas. 0 617 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - No Fim da chuva e do vento 0 593 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - O abismo é o muro que tenho 0 522 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - O Amor 0 773 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Fito-me frente a frente ( I ) 0 616 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Fito-me frente a frente ( II ) 0 355 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Flui, indeciso na bruma 0 506 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Glosa 0 574 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Glosas 0 587 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Gnomos do luar que faz selvas 0 921 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Gostara, realmente 0 505 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Gradual, desde que o calor 0 591 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Grande sol a entreter 0 534 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Há uma música do povo 0 560 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Já ouvi doze vezes dar a hora 0 435 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Há um frio e um vácuo no ar 0 758 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Ladram uns cães a distância 0 738 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Em torno ao candeeiro desolado 0 679 11/19/2010 - 16:55 Portuguese