PÉROLAS MURMURANTES
Não comporei versos que eu não tenho
Falar de minhas verdades, não evitei,
Mas não molharei os lábios de minha ira
Porque sei que isto me ofenderia.
O meu tudo é o nada!
Se eu compuser meus instantes:
Posso respirar sonetos atenuados,
E então a brisa abrirá as portas de um novo dia,
Quem sabe, no caminho da relva do oriente.
Eu sei ou sabia! Que há coisas de minha esquisitice
Submersas, desorientadas, sem rotas,
Que em um regresso calculado,
Encontraria pérolas maquiadas bem supostas.
Elas são tão nobres,
Que em tempos instáveis me deixa pobre,
Sem o calor da chama que me aquece.
Esta, não era a flor que eu queria
Talvez, o espinho dela me apavora.
Desta flor, seu perfume, evaporou-se.
Nesta situação, jamais eliminarei armas de minhas insônias.
Então minhas barreiras começaram a desabar,
Foi uma dor necessária,
Levando a revelar,
As valiosas pérolas, suas vidas e suas mortes.
Não comporei versos de mortes;
Mas falarei de meu pranto.
Eu já mais sei do encanto
De minhas belezas naturais.
Nesta vida sofro tanto, mas aguento,
Pois sei que não posso prolongar este lamento.
Não comporei porque não sei se estes versos,
Com estas sílabas,
Serão fiéis ao ápice de meu coração.
Um coração alienado, sem partido,
Não mais faz parte de meu presente.
O meu coração, agora ajuda a estender
O que não se estende.
Ele também me faz sentir a doçura
Do amor refletido na alegria.
Ele é a fonte de minhas rupturas,
Não me deixa sair da trilha, nem mesmo esconder
Dos olhos da conduta universal;
agora não mais busco fins não convencionais.
Oh, eu permiti que as cinzas do prazer
Encobrisse o mapa de meu descobrimento.
Agora sem o mapa como irei me descobrir?
Estava todo configurado, repleto de setas
Que indicava o buraco negro da solidão
E o abismo provocado pelo orgulho latente.
Mas mesmo que as portas estão trancadas,
Ainda há como entrar pela janela.
Sei que lá dentro de mim, há uma luz.
Só não se pode acordar o desejo sonolento,
Sob o comando da força da moral.
Os meus olhos devem permanecer grilados
Para não reativar a tempestade adormecida.
Agora, sinto falta de meu amor eterno.
Presente no âmago do meu coração doce e terno.
Ele sabe morrer sem deixar luto,
Ele sabe ferir sem machucar,
Sabe conter sem omitir,
Sabe modelar se danificar a forma,
Sabe cuidar do corpo sem perder a alma.
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