Aeve Libert

De asas fúlgidas, brilhante, crescente.

Voando em lamúrias, amante, doente.

Estas pequena e selvagem ave,

Tem medo que se agrave

Em si os vícios das métricas,

O domar das éticas estéticas,

D'uma matemática vil...

-- Não quero ser servil, não quero... --

Livre, em verso: ó, sagrado canto!

Dê em mim, em verve, libertário acalanto!

E que nem mais a rima me devore,

E que nem mais a necessidade da poesia,

Faça de mim escravo de sentir metricamente:

Pois eu sou aquele que sente, e não meu poema.

O poeta não se subordina ao poema, pois ele é seu

Criador, e crio como crio, crio como quero,

E não a criação que irá me moldar o verso.

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Thursday, February 10, 2011 - 07:08

Poesia :

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André Alves

André Alves's picture
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Comments

Ana Wolfart's picture

Na minha simplicidade " à la

Na minha simplicidade " à la a brasileira"

e na liberdade que vive o coração do poeta,

na profundidade das tuas palavras,

livre voam teus pensamentos.

Parabéns

Abraço

Ana Wolfart

Patrícia Taz's picture

Bem vindo ao WAF.

André,

Porém é o poema
escrito pela mão do poeta.
Será sua culpa o lema,
do escritor ou da caneta?

Será ave, será Ema?
Que faça voar os versos,
inteligíveis sentidos inversos
e que os solte em fonema.

De leitura interessante.

Bem vindo ao WAF! yes

Bjos

PaTaz
 

André Alves's picture

Obrigado pela gentileza de

Obrigado pela gentileza de seu comentário. Sentir-me-ei bem-vindo certamente.

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