Sem título(020)
O cão que morde
Nas canelas do poeta
De lilases calças flamejantes
A horda raivosa vociferando
De infelicidades próprias ruminantes
O cão persegue a cor
É um esteta
A multidão segue obtusa
Intolerâncias
Segue sempre monolítica
Prenhe de invejas e quiproquós
Redundâncias
O poeta morde a raiva
O poeta morde o cão numa orelha
Concordâncias
Vão ambos em perfeita comunhão
Mordendo com gosto
A ordem velha
Dentada após dentada
Revolução
Dionísio Dinis
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Saturday, February 19, 2011 - 16:38
Poesia :
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Comments
Excelente
O poeta vê. O poeta está atento. O poeta intervém. Faz do encanto das palavras a sua voz e com elegância mas com firmeza desperta-nos para a realidade e para a necessidade de a "mordermos" na busca e em prol de uma vida que se quer feliz, livre e justa.
O mérito da boa poesia é não se conter nos limites estéticos da canção, mas com graça, proporcionar-nos momentos de reflexão e esclarecida revelação.
Isto tudo, encontro neste poema e por isso gosto dele e te agradeço.
Continua
Abraço
Miguel
O cão morde e ladra mas a
O cão morde e ladra mas a poesia passa.
fantástica tua escrita.abraços
MEY
A RAIVA, O CÃO E O
A RAIVA, O CÃO E O POETA
LIGADOS NUMA MESMA VERTENTE
FAZENDO A TÃO FALADA REVOLUÇÃO ....
BEM AOS ESTILO"MORDE E ASSOPRA "
GSOTEI MUITO !!!!PARABÉNS !!!!
BEIJOS
Susan