Acabaram-se as Marias
ACABARAM-SE AS MARIAS.
Por: Germano Gonçalves.
Antigamente era Maria, pra todo quanto é lado.
Assim como a primeira. Maria Aparecida, que foi a pioneira.
Maria Madalena, Maria de Lourdes, Maria de Fátima.
Maria Odete e Maria do Carmo.
Maria que todos abençoavam.
Todas as famílias faziam Jus, as Marias.
Maria mãe de Jesus nascia uma filha; Pronto! Era Maria.
Os tempos eram outros épocas de idolatrias.
Levava nome até em mercadoria, biscoito e Óleo Maria.
E era a mãe, a filha e a tia.
Só não existia Primaria, como a primavera.
Maria que não se acabava mais.
E até ajuntavam-se as Marias.
Ana Maria, Ângela Maria, Sonia Maria e Maria Inês.
Nascia Maria todo o mês.
E assim as Marias, multiplicavam-se.
Sem perder a posição, apareceram justaposições.
Marialba e Marinalva, Marisol e Marisa.
Sempre adiante, vieram as variantes.
Mirian e Marta, Marilia e Marieta.
E era Maria que não acabava mais.
Hoje em dia são poucas as Marias.
Somente as nossas Tias, as que hoje, nasce nas famílias.
São as Ingrid e Carol, Stephanie e Deise.
Ainda assim, Marias são eternas meninas.
(poema vencedor do concurso de poesia Tema: Mulher, da Secretaria de Cultura de Jundiaí – SP, realizado pelo conselho regional dos direitos da mulher).
O urbanista concreto – escritor.
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