Livro Eu & ti - Poema XXIV

XXIV

Aos desbravadores do dia-a-dia que não cansam de remar na correnteza

Quero-te agora
mas tu tardas
quero-te sempre
mas tu falhas

A distância agoniza
o peito em arfã de brisa
a saudade despetala
cada esperança caída
no chão como tapete cinza

Sua falta eterniza
toda falta que sinto
do teu corpo no meu
corpo enlaçado
bocas se encontram
corpos ardentes como um só

Mas tu tardas
é eterna a distância
se esvai a chama
restam cinzas e brasas
no frio da madrugada

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Thursday, March 31, 2011 - 07:42

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