Apetece-me comungar-te
Apetece-me fazer amor contigo
Apetece-me mesmo
Fazer
Amor
Contigo.
Mas, não como aqueles homens
Aquelas mulheres normais
Com sonhos normais
Medos normais
Sim , aqueles que têm casa própria num condomínio fechado
E um carro preto utilitário
Que fazem amor sem tirar o pijama
e no final perguntam:
“Gostaste?”.
Apetece-me fazer amor contigo
Apetece-me mesmo
Fazer
Amor
Contigo
Como dois selvagens
Com aquela pele suja
Molhada de lama
Suor
Na disputa de uma refeição
Cravam os dentes
Submissos e dominadores.
Apetece-me fazer amor contigo
Apetece-me mesmo
Fazer
Amor
Contigo
Espalhar cinzas de terror
E arder mais ainda
Numa fogueira a crepitar violenta.
Apetece-me mesmo
Fazer amor
Fazer terror
Mas, quando o fizeres
Fode-me de verdade.
Submited by
Thursday, September 18, 2008 - 16:48
Poesia :
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Comments
Re: Apetece-me comungar-te
Este poema são os teus lhos da noite entre o despertar da sapiencia...fiquei sem voz no silencio da força com que gritas.
Bjs
Re: Apetece-me comungar-te
Olá Mª João,
O poema está bom e bem escrito. Tem toda a força de um desejo carnal que quer ser satisfeito.
O fim não lhe acrescenta valor. Já estava dito :-)
Bjs
Re: Apetece-me comungar-te
As vontades escondidas ardem tanto que nos possuem incontroladamente.
Como uma fogueira à qual se perde por momentos o controlo, como incêndio que arde sem se ver.
Como disse no outro dia, saiu bem este poema.
Bjs
Re: Apetece-me comungar-te
Para Todos,
Por lapso, eliminei a primeira edição deste poema e os respectivos comentários, o que peço desculpas.
Agradeço a todos profundamente os vossos comentários, são preciosos.
Beijos