MÃOS DESAPOSSADAS AO FOGO


Desníveis sombras,
horizontes na diagonal.

Desentulho as colmeias
de mãos desapossadas ao fogo.

Rumores remoídos.

Tremores.

Calafrios como chicote
nas costas desfocadas da noite.

Açoite possuído
de multidões ignotas.

Águas semeadas em equações de pão.

O sol como alimento.

O ar como roupa.

Construções nuas,
castelos levantados em dor.

Ossos reduzidos
ao movimento dos luares
que fazem na carne a sua casa.
 

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Lunes, Julio 4, 2011 - 22:29

Poesia :

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Henrique

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