NÉVOA DE SEREIAS


A reflexão sobre a minha culpa
era um andar arredio.

Consequência lógica do orgulho.

Aprendi domar
as vagas repentinas
que me alagavam a alma com desesperos.

Pessoas ouvidas, esquecidas.

Cada noite foi o que sou.

Insónia do sono do meu tempo.

Cada escuridão foi acaso.

Rua de acontecimentos.

Enredos que eram meros arrepios
de ilusão.

Penumbras
de dupla face no espelho de mim.

Bitola que escutava
em canções de embalar.

Perdido num qualquer mar.

Névoa de sereias
que me alumiavam cais de loucura.
 

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Lunes, Julio 11, 2011 - 14:31

Poesia :

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Henrique

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