A Guitarra (F. Garcia Lorca)

Começa o pranto

da guitarra.

Quebram-se os copos

da madrugada.

 

Começa o pranto

da guitarra.

É inútil calá-la,

É impossível

calá-la.

 

Chora monótona

como chora a água

como chora o vento

sobre a nevada.

 

É impossível

calá-la.

Chora por coisas

distantes.

 

Areia do sul quente

que pede camélias brancas,

Chora flecha sem alvo,

a tarde sem manhã,

e o primeiro pássaro morto

sobre o ramo.

 

Oh! Guitarra!

Coração malferido

por cinco espadas.

 

Federico Garcia Lorca, poema traduzido por William Agel de Mello.
 

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Jueves, Julio 21, 2011 - 15:38

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