VIOLA ODORATA

 

 

 

O feno electrificado não me comove.

 

As quase planícies, onduladas terras em bruto,
semeadas acima da frequênca do violeta,
reclamam da FRIEZA dos teus lábios.

 

Pintas  o horizonte com uma invisibilidade
em mutação controversa nas esculturas de coágulos,
quando a fome estala na corrente extraída da noite flexionada
e a pluralidade magenta e azul  te arredonda a face.

 

 

Dia após dia, com modéstia,
toco nas cordas de um violino
as vezes que  penso em ti.

 

VIOLA ODORATA DOS MEUS SENTIDOS

 

 

Sem pudor
mastigo as sépalas que me afloram da mente
e embriago-me com a água levemente aquecida
pela luz que atravessa o vidro frágil onde nunca partes,


                                                                               onde eu sempre me            e s t i l h a ço.

 

 

Encharcado pela sombra do orvalho
sinto que proliferam fungos nos meus ombros expostos às transparências
esquecidas debaixo do teu queixo biangulado.

 

As máquinas vieram cedo depois da noite chuvosa
marcar o meu corpo com os rodados firmes
e fresar o baú dourado de  algumas recordações
impossíveis de esquecer.

 

«Tamanho é o tumulto que envolve a amargura,
escassa é a brisa que sopra de oeste,
vidente endiabrada
de capuz alongado,
olhos fechados em delírio
crivado de balas fantasmas».

 

Com sensibilidade sobrevivo às queimaduras solares...
E das raízes presas à terra vou bebendo a nostalgia,
a espiritualidade épica que me estimula a imaginação,
tentando acreditar que as pétalas da tua voz
saberão um dia dar valor à chama que me arde no peito.

 

                                        «Fantasia».

 

Dobras-me no ar.
Na iluminação difusa impedes a drenagem da loucura que aflora em mim.

 

Com frio e geada

que me derruba dee forma fatal na superfície aveludada,

 

                                   dominas-me pelo coração.

 

«A noite cai.
Eu caio com ela.
Acordo.
Não estás.
Entregaste-me à ilusão.

Segui essa música.»

 


(olhos abertos )       

                                 
                                     «Adormeci».

(agora)


                                       «De vez».

 

 

 

rainbowsky
 

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Miércoles, Agosto 3, 2011 - 10:49

Poesia :

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Despedida que não se

Despedida que não se despede...
Onde ficas apenas adormecido, talvez na espera que a frieza, um dia seja sol.

A flor VIOLA ODORATA

Penso falares como de Um Amor, tipo amor-perfeito?

Daquilo que ainda aqui te prende, nostalgia.

Esta parte foi sem duvida a que mais gostei:

«Tamanho é o tumulto que envolve a amargura,
escassa é a brisa que sopra de oeste,
vidente endiabrada
de capuz alongado,
olhos fechados em delírio
crivado de balas fantasmas».


Sem brisa,a vida que já sabe o destino
Imaginação,sonhos,loucura,
Balas fantasmas...
                                 A dor da alma,que não se vÊ mas tanto se sente...

E de vez adormecido segues, seguido essa música...
Que te faz querer...

Gostei do teu poema, apesar de muitos traços non sense
Percebe-se que também á uma realidade.
Entre os versos.

Esta foi a minha interpretação ,claro:)

Gostei do poema, e de o ler

 

Beijos!


 

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