CARNUDOS BREUS ME BEIJAM

Envolventes lábios da noite.

Carnudos breus
me beijam com geleias galácticas.

Gelatinas cujo infinito
é mosto doce na amargura da alma.

O depois desconhecido.

Momento que expulsa
ao tempo ansiedade apaladada de ilusões.

Aparências cujo traço de higiene é um seio,
fonte seca que amamenta as voltas ao relógio.

Profundamente, cirandam luas
em arcadas recheadas de chocolate.

Cacau cujo derreter são aromas de amor.

Mão de justiça que atiça
aos olhos paixões que ferem o silêncio.

Mutismo cujo fragor é um olhar
em eclipse tal framboesa por amadurecer.

Copiosamente, soros de sono
trepidam pelos enleios dos sonhos.

Êxtase cujo espírito
é um equador de beijos que rimam os corpos.

Ambiguidades
qual amora silvestre engasgue a gula de ser.

Devorar cujo ranger são corações fechados.