Espaço curvo e finito (José Saramago)

Oculta consciência de não ser,

Ou de ser num estar que me transcende,

Numa rede de presenças e ausências,

Numa fuga para o ponto de partida:

Um perto que é tão longe, um longe aqui.

Uma ânsia de estar e de temer

A semente que de ser se surpreende,

As pedras que repetem as cadências

Da onda sempre nova e repetida

Que neste espaço curvo vem de ti.

 

José Saramago, escritor e poeta português.

In: OS POEMAS POSSÍVEIS, Editorial CAMINHO, Lisboa, 1981. 3ª edição.

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Martes, Agosto 30, 2011 - 02:39

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