Impressões retidas na objectiva de olhares perscrutadores
Título longo. As normas reprová-lo-iam.Mas adoro estas niquices e como sou freelancer no meu blogue, posso fazer as minhas próprias regras. O comum é vulgar e desafiar a mente é um óptimo exercício para prevenir (?) as temíveis doenças do esquecimento. São o meu pavor! Não ter poder de decisão…
Mas deixemos estas questões de índole mais ética. Acredito que dentro de poucos anos poderemos decidir que qualidade de vida desejamos.
E quem sabe se não poderá ser um motivo para outra reflexão?
Regressada de um curto período de férias em Palma de Maiorca, Arenal, e não pretendendo “tuitar” no blogue, sempre que faço uma viagem um pouco diferente, tento transcrever um pouco do que senti, cabendo nestas impressões o que se vive, o que se pensa, o que a mente cozinhou e deixou em banho-maria.
Involuntariamente fazem-se comparações Exercício a abominar porque pouco criativo. Assim, nesta linha, a objectiva dos meus olhares, percepcionou o real, zona mediterrânica, mas ficou entristecida com a ausência de verdes pujantes; ficaram mais baços e acastanhados, meus olhos, tal como as palmeiras que captei.
Tempo muito quente, mar de águas cálidas, areia onde cabem todos os sonhos…
Edifícios, altura razoável, hotéis, bares, movida nocturna, néons a ofuscar, poluição visual. Parece Carnaval…
Dei por mim, no trajecto hotel-praia e vice-versa a convergir os olhares em casas mais térreas que me evocavam o nosso Alentejo. Portadas entre-abertas, mobiliário de veraneante. Talvez. E os residentes, que diriam desta azáfama? Que olhares captariam dos turistas? Novamente a mente me traiu e veio-me à memória a reportagem que li sobre as ilhas do nosso Algarve. Numa delas, só havia um residente. Esse era o resistente e único habitante digno desse nome. Todos os outros partiam.. E era feliz!
Valeram-me os verdes hospitaleiros do complexo hoteleiro. Os pinheiros, fabulosos,os relvados, cuidados, as flores vivaças.
Talvez volte. Para outra zona, com toda a certeza. Os azuis, sonham-se, os verdes acalmam…
Escrevo ainda em Lisboa. Quando chegar a casa, sei que darei conta do crescimento dos arbustos. É um hábito. Ou será porque sinto que também cresci? Parafraseando o título de um grande filme e não menor importante, a sua história e os seus actores, direi “A vida é bela”, mas apetece-me uns laivos de ironia “Nós é que damos cabo dela! “.
Em todo o caso, para o ano espero poder aqui estar a dar conta de outras vivências…
Odete Ferreira - 23-08-2011
Submited by
Prosas :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 1989 reads
other contents of Odete Ferreira
Tema | Título | Respuestas | Lecturas |
Último envío![]() |
Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Meditación | Eis-te aí, TEMPO, num ano novo | 2 | 1.945 | 01/06/2013 - 03:37 | Portuguese | |
Prosas/Pensamientos | O Primeiro... | 0 | 1.966 | 01/02/2013 - 17:24 | Portuguese | |
Poesia/Intervención | O Natal do Amanhã | 0 | 1.815 | 12/23/2012 - 18:23 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Estrelas | 0 | 1.011 | 12/21/2012 - 22:59 | Portuguese | |
Poesia/Tristeza | Desculpa-me, criança do meu país | 0 | 1.377 | 12/14/2012 - 02:53 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Apáticas Montanhas | 0 | 934 | 12/12/2012 - 00:04 | Portuguese | |
![]() |
Videos/Poesía | Pela calada da noite | 0 | 5.169 | 11/29/2012 - 22:19 | Portuguese |
![]() |
Fotos/Naturaleza | Surreal I | 2 | 2.142 | 11/20/2012 - 00:09 | Portuguese |
![]() |
Fotos/Otros | Surreal II | 2 | 1.743 | 11/19/2012 - 23:46 | Portuguese |
Poesia/Tristeza | Alma estupidamente doente | 4 | 5.232 | 11/17/2012 - 20:10 | Portuguese | |
Poesia/Amistad | Fermento de palavras | 4 | 1.489 | 11/15/2012 - 22:00 | Portuguese | |
Prosas/Pensamientos | Loucura em estado pensante | 8 | 1.436 | 11/13/2012 - 23:54 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Inventor: milagre de criador | 0 | 2.157 | 11/12/2012 - 20:04 | Portuguese | |
Poesia/Pasión | Amar o teu corpo de água | 6 | 2.592 | 11/10/2012 - 22:12 | Portuguese | |
Poesia/Tristeza | Pobreza | 2 | 1.218 | 11/06/2012 - 23:02 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Agosto de abalada | 0 | 1.572 | 09/25/2012 - 22:17 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Reciclar afetos | 2 | 1.379 | 09/16/2012 - 18:07 | Portuguese | |
Prosas/Lembranças | Sabores locais de ambientes impressivos - III | 0 | 2.241 | 09/10/2012 - 01:16 | Portuguese | |
Prosas/Lembranças | Sabores locais de ambientes impressivos - II | 0 | 1.102 | 09/10/2012 - 01:07 | Portuguese | |
Prosas/Lembranças | Sabores locais de ambientes impressivos - I | 0 | 1.867 | 09/10/2012 - 01:03 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Precisavas que o dissesse | 2 | 2.310 | 09/09/2012 - 18:11 | Portuguese | |
Prosas/Tristeza | Da derrota faça-se vitória... | 2 | 3.127 | 08/21/2012 - 01:18 | Portuguese | |
Poesia/Fantasía | Em mim o espírito da floresta | 2 | 1.557 | 07/20/2012 - 16:42 | Portuguese | |
Prosas/Pensamientos | Entre mundos, estamos. | 2 | 2.367 | 07/15/2012 - 23:49 | Portuguese | |
Prosas/Pensamientos | Mãe, três letras, um mundo! | 2 | 1.652 | 07/15/2012 - 18:27 | Portuguese |
Add comment