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Sabores locais de ambientes impressivos - II
Sabores locais de ambientes impressivos - II
Agradou-me o hotel, seus espaços e serviço; cativou-me o ambiente natural e o edificado, verificando como os “passadiços” à beira mar (ou rio, noutos locais), se tornaram um “must” (quiçá derivados de alguma diretiva europeia), convidando a passeios descontraídos, a apetites vorazes – pratos convidativos em restaurantes mais parecidos a “open spaces” ou compras de natureza vária – ou a alongamentos de olhares míopes para horizontes de azuis.
Precisamente: foi do mar e sua envolvência que a minha retina captou os sentires e despertou os sentidos. A areia, extenso lençol acastanhado, fazia o favor de me acolher para, em vários momentos, fazendo da toalha tapete voador, me levar a viagens fantásticas, desertas de pessoas indesejadas e povoadas de seres mágicos…
De um lado o mar, do outro uma orla de verdes ligeiramente escarpada que se abeirava do passadiço, impondo-se à captação do olhar ou a outro registo. Encaixemos esta perceção numa casa: o mar, o piso térreo, a orla verde o 1.º andar, o passadiço, quase no mesmo patamar, acompanhando os desníveis do 2.º andar( espaço edificado – casas típicas, restauração, comércio – onde se movimenta a geografia humana, alimentando-se no seu todo.
O sol nascia de cara virada para o mar e adormecia de costas voltadas, algures por detrás de colinas áridas, inviabilizando a captação de um pôr do sol beijando o mar…
Odete Ferreira
As fotos podem ser vistas no link: http://portate-mal.blogspot.pt/2012/08/sabores-locais-de-ambientes-impressivos_29.html
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