Três Cantos (Casimiro de Abreu)
Quando se brinca contente
Ao despontar da existência
Nos folguedos de inocência,
Nos delírios de criança;
A alma, que desabrocha
Alegre, cândida e pura -
Nessa contínua ventura
É toda um hino: - esperança!
Depois... na quadra ditosa,
Nos dias da juventude,
Quando o peito é um alaúde,
E que a fronte tem calor;
A alma que então se expande
Ardente, fogosa e bela -
Idolatrando a donzela
Soletra em trovas: - amor!
Mas quando a crença se esgota
Na taça dos desenganos,
E o lento correr dos anos
Envenena a mocidade;
Então a alma cansada
Dos belos sonhos despida,
Chorando a passada vida -
Só tem um canto: - saudade!
Casimiro de Abreu
Submited by
Jueves, Septiembre 8, 2011 - 17:25
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 1176 reads
other contents of AjAraujo
Tema | Título | Respuestas | Lecturas | Último envío | Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Dedicada | Auto de Natal | 2 | 1.904 | 12/16/2009 - 03:43 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Natal: A paz do Menino Deus! | 2 | 2.898 | 12/13/2009 - 12:32 | Portuguese | |
Poesia/Aforismo | Uma crônica de Natal | 3 | 2.626 | 11/26/2009 - 04:00 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | Natal: uma prece | 1 | 2.356 | 11/24/2009 - 12:28 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | Arcas de Natal | 3 | 2.988 | 11/20/2009 - 04:02 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Queria apenas falar de um Natal... | 3 | 3.066 | 11/15/2009 - 21:54 | Portuguese |
Add comment