Três Cantos (Casimiro de Abreu)

Quando se brinca contente
Ao despontar da existência
Nos folguedos de inocência,
Nos delírios de criança;
A alma, que desabrocha
Alegre, cândida e pura -
Nessa contínua ventura
É toda um hino: - esperança!

Depois... na quadra ditosa,
Nos dias da juventude,
Quando o peito é um alaúde,
E que a fronte tem calor;
A alma que então se expande
Ardente, fogosa e bela -
Idolatrando a donzela
Soletra em trovas: - amor!

Mas quando a crença se esgota
Na taça dos desenganos,
E o lento correr dos anos
Envenena a mocidade;
Então a alma cansada
Dos belos sonhos despida,
Chorando a passada vida -
Só tem um canto: - saudade!

Casimiro de Abreu

Submited by

Jueves, Septiembre 8, 2011 - 17:25

Poesia :

Sin votos aún

AjAraujo

Imagen de AjAraujo
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 6 años 14 semanas
Integró: 10/29/2009
Posts:
Points: 15584

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of AjAraujo

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Dedicada Auto de Natal 2 1.904 12/16/2009 - 03:43 Portuguese
Poesia/Meditación Natal: A paz do Menino Deus! 2 2.898 12/13/2009 - 12:32 Portuguese
Poesia/Aforismo Uma crônica de Natal 3 2.626 11/26/2009 - 04:00 Portuguese
Poesia/Dedicada Natal: uma prece 1 2.356 11/24/2009 - 12:28 Portuguese
Poesia/Dedicada Arcas de Natal 3 2.988 11/20/2009 - 04:02 Portuguese
Poesia/Meditación Queria apenas falar de um Natal... 3 3.066 11/15/2009 - 21:54 Portuguese