Alma Carniceira

 

 

Meus olhos, deitei-os à fogueira.
Abstracta em mim, alma carniceira,
incita-me à revolta, à perfídia,
despida de preconceito e ignominia.
Ceifeira! Vem de dentro, ardente
e queima, convertendo, indiferente,
esta voz em seiva.

Mente ácida, raciocínio deturpado.
Esta lógica maldita, este Ser conturbado,
não mais consente a convulsão monumental,
misto do trivial com o fruto bastardo do ritual.

O corpo puxa, o coração derrama,
ensanguentada, esta dor que se ama,
maldita a causa que assim o consome
nos confins de um peito  que não dorme.
Apre! Minha boca saliva, cansada, vencida
meus membros letárgicos: acção medida,
morte (não) compassiva.

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Domingo, Noviembre 6, 2011 - 18:26

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AnaDB

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