CAMBALACHO DE PALAVRAS LONGE

Frenético quão bizarro
aos trambolhões pelo murmúrio do ar
qual badalada boémia chore pelos vales.

Patético eco em estar
como bife no assador de ninguém.

Incerto ir de boca em boca qual suco rejeitado.

Idade que invade o espaço,
que se evade pelo tempo e varre
os milímetros do ser minuciosamente. 

Desastre às cegas, unhas
que batem à porta de qualquer carne.

Cambalacho de palavras longe. Lastimosas.

Ausentes.

Espíritos em cardume
qual lume se assenhoreie do céu.

Lábios sem coerência com a voz do beijo.

Emoção dura
como casca de noz, madrugada
em nós no corpo como horto atado à terra.

Pó que espera, canção
que enterra o silêncio qual cão esconde o osso.

Deuses que se arrepiam, que brincam
como moscas em volta de uma caganita de cabra.

Sopro tornado tornado,
olho irado por ciscos de papel em branco.

 

 

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Jueves, Noviembre 10, 2011 - 16:12

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Henrique

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