SE SÓ VIVO UMA VEZ SÓ TEREI UM FUNERAL (ENTÃO QUE SEJA ESPECIAL)

No meu até já no tempo:

Quero que o meu caixão
seja como uma bola de cristal
a rodopiar e a reflectir a incandescência
multicolor das luzes ao centro de uma discoteca.

Que o meu velório
seja um carnaval onde serei imortal.

Que haja música!
Em vez de lágrimas, cisternas de vinho.
Quero que à minha volta as pessoas dancem,
que cantem e pulem de alegria a minha despedida.

Que a cor do luto sejam as cores do arco-íris.
No lugar da tristeza, uma mesa de banquete infinito.

Em vez de saudade fique o meu sorriso no ar da vida.
Que a dor de ninguém me faça ressuscitar para rezingar.

Que o meu funeral não seja de silêncio.
E se o for, que seja silêncio repleto de risadas.

Quando ali estiver deitado, estarei de pé
a aplaudir os que me deixam partir contente.

Que o meu funeral seja uma festa,
que os que fiquem celebrem o que vivi.

Tudo, mas não chorem porque morri.
Chorem porque um dia vos fiz chorar de felicidade.

E no fim, que a vossa vida continue
porque lá estarei nesse lugar de nenhures à vossa espera.

E podeis demorar que eu espero por vós
até aos confins da amizade que vos deixarei.
Que ninguém fique triste para que eu me sinta só.

Se só se vive uma vez, logo só temos um funeral…

…Então que seja especial.

 

 

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Viernes, Noviembre 18, 2011 - 01:42

Poesia :

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Henrique

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