Calendários Astecas

Rugem as bestas-feras
das Novas Eras.
Anunciam as trevas
das gentes, pencas e levas
a caminho do Armagedon,
profetizado por quem tem o dom
de ver o negro Futuro
envolto pelo Sol escuro
e pintado no sudário impuro.

Fim do pós-pangéia
da confusa geléia
fervida por Circe e Silvia Réia.
Inicio do Hades obscuro
e do terror intra-muro.
Começo doutro círculo dantesco,
da catástrofe prevista pela UNESCO
e da 3ª Guerra do tedesco.

Tempo de novos Minotauros,
de Faunos e Centauros
anunciando os novos Dinossauros.
Tempo de Shiva destruidor,
de Kali e do sangue vingador
que haverá de seduzir
a última Parca a urdir
os fios dos viventes sem dentes.

Século do anti-herói,
do murro que dói,
do aço que se corrói
e da ira que nada constrói.

Homem! O que fazes?
Por que só a Morte tu trazes?
Se teu foi o Paraíso
onde esquecestes o Juízo?

Prometeu maldito!
Por que lhes deu o Fogo e o Rito?
Quem, doravante, calará seu grito?
Maldita Afrodite!
Por que os fez procriar
e como a Peste se espalhar?
Vejam deuses:
demos o que de melhor havia
e tudo arruinaram.
A tudo arrasaram.
E festejam como Dionísio,
copulam como Narciso
e esperam Nova Esperança.

Vá Pandora!
É chegada a hora.
Renove suas Esperanças
que não tardarão suas novas matanças.
Em breve acabarão
como o que julgávamos
o ápice da Criação.
Ouçamos seu alarido
e vejamos seu Gênesis invertido...

Submited by

Viernes, Diciembre 16, 2011 - 20:02

Poesia :

Sin votos aún

fabiovillela

Imagen de fabiovillela
Desconectado
Título: Moderador Poesia
Last seen: Hace 8 años 5 semanas
Integró: 05/07/2009
Posts:
Points: 6158

Comentarios

Imagen de Adolfo

 Okay,  a humanidade parece

 Okay,  a humanidade parece não ter mudado tanto assim, verdade... E é por causa desta atemporal atualidade que o teu poema se torna tão assutador!!!

 

 Gostei muito, de verdade.

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of fabiovillela

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Tristeza A Canção de Alepo 0 6.550 10/01/2016 - 21:17 Portuguese
Poesia/Meditación Nada 0 5.690 07/07/2016 - 15:34 Portuguese
Poesia/Amor As Manhãs 0 4.949 07/02/2016 - 13:49 Portuguese
Poesia/General A Ave de Arribação 0 5.613 06/20/2016 - 17:10 Portuguese
Poesia/Amor BETH e a REVOLUÇÃO DE VERDADE 0 6.510 06/06/2016 - 18:30 Portuguese
Prosas/Otros A Dialética 0 10.951 04/19/2016 - 20:44 Portuguese
Poesia/Desilusión OS FINS 0 6.043 04/17/2016 - 11:28 Portuguese
Poesia/Dedicada O Camareiro 0 7.093 03/16/2016 - 21:28 Portuguese
Poesia/Amor O Fim 1 5.418 03/04/2016 - 21:54 Portuguese
Poesia/Amor Rio, de 451 Janeiros 1 10.391 03/04/2016 - 21:19 Portuguese
Prosas/Otros Rostos e Livros 0 7.588 02/18/2016 - 19:14 Portuguese
Poesia/Amor A Nova Enseada 0 5.677 02/17/2016 - 14:52 Portuguese
Poesia/Amor O Voo de Papillon 0 5.174 02/02/2016 - 17:43 Portuguese
Poesia/Meditación O Avião 0 5.516 01/24/2016 - 15:25 Portuguese
Poesia/Amor Amores e Realejos 0 6.878 01/23/2016 - 15:38 Portuguese
Poesia/Dedicada Os Lusos Poetas 0 5.659 01/17/2016 - 20:16 Portuguese
Poesia/Amor O Voo 0 5.304 01/08/2016 - 17:53 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Pessimismo Filosófico 0 8.804 01/07/2016 - 19:31 Portuguese
Poesia/Amor Revellion em Copacabana 0 5.143 12/31/2015 - 14:19 Portuguese
Poesia/General Porque é Natal, sejamos Quixotes 0 5.453 12/23/2015 - 17:07 Portuguese
Poesia/General A Cena 0 5.974 12/21/2015 - 12:55 Portuguese
Prosas/Otros Jihadismo: contra os Muçulmanos e contra o Ocidente. 0 9.514 12/20/2015 - 18:17 Portuguese
Poesia/Amor Os Vazios 0 8.166 12/18/2015 - 19:59 Portuguese
Prosas/Otros O impeachment e a Impopularidade Carta aberta ao Senhor Deputado Ivan Valente – Psol. 0 6.465 12/15/2015 - 13:59 Portuguese
Poesia/Amor A Hora 0 8.095 12/12/2015 - 15:54 Portuguese