A SOLIDÃO ENVENENA O SILÊNCIO

Minhas mãos
jazem num cemitério
de amor ao vento da minha luz.

Sangram trevas
do meu ego prisioneiro
de uma escarpa fundeada em ódio.

A solidão
envenena o silêncio
que engulo a sequioso de ser gente.

Sobre o peso
de serpentes nos meus pés,
respiro memórias pousadas na agonia.

O meu olhar
é cuspido por demónios
num banquete aos melhores momentos.

No vazio
há uma fogueira
onde ardem sombras
de um coração esculpido na pedra,
de um caos desesperante de sofrimento.

A carência de amar
é erosão dos sentimentos
sepultando a alegria num bosque lamacento.

Deambulo
morto-vivo tonto,
por entrelinhas rastejantes nas lágrimas
choradas para o interior já afogado no terror.

Caio numa floresta
de gumes insólitos por onde deslizo,
mártir sobre uma cama de espinhos cravados na mente.

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Sábado, Mayo 2, 2009 - 01:38

Poesia :

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Henrique

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Comentarios

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Ficou muito bom... Gostei

Ficou muito bom...

Gostei bastante.

Abraço, ...)...(@

:)

Imagen de mariamateus

Re: A SOLIDÃO ENVENENA O SILÊNCIO

A solidão
envenena o silêncio
que engulo a sequioso de ser gente.

Não sei que dizer! apenas digo,um salva de palmas!

Beijinho :hammer:

Imagen de Henrique

Re: A SOLIDÃO ENVENENA O SILÊNCIO P/Giraldoff

É com satisfação que recebo a sua critica, obrigado mesmo.

Às vezes penso que a oesia não é para se perceber, é para se sentir e cada um assimila as metáforas ao seu momento actual, um poema que se diriga a algo especifico, pode ter mil e uma vertentes!!!

Mais uma vez muito obrigado Giraldoff!

Abraço

:pint:

Imagen de jopeman

Re: A SOLIDÃO ENVENENA O SILÊNCIO

É um veneno este poema :-) esculpido numa deambulação em vazio, sobre o peso da solidão.
Gostei imenso
Abraço

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