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VENTO DE VOZES LENTAS …
A noite espalha-se pelo meu olhar
como um arfar que tudo pinta e despinta.
Entorna-se sobre o meu pensar como caos inerte.
Agita-se no meu estar
como leves passos a queimar as quimeras
numa multidão de feras perdidas nos meus braços.
Palavras desaparecidas… rasgadas folhas de Outono.
Tons tristes como bagaços mortos
onde os olhos remam amargas correntes,
onde se afundam moribundas mãos em dor.
Cai o céu como um véu sobre as primaveras
de uma fogueira acesa em grito.
As estrelas murmuram o tempo como fantasia
em espontânea ardência onde me vejo.
Versos despedaçados,
como malmequeres desfolhados em pranto.
Mendigo instante a rastejar o silêncio,
solidão que o luar atalha e beija,
tilintares de amar em vão.
Vento de vozes lentas,
desdenhos exaustos sobre a pele do ar,
mar de cantigas entontecidas por urtigas.
Brumas serpenteadas em delírio,
gestos torturados por tanta mágoa,
gotas de água suja onde torpeça a minha sede.
Sombra de anseios e eternidades,
orlas findas na miséria,
almas adormecidas.
Tanto saber que a nada sabe,
tanta procura por encontrar em mim.
Miragens,
faróis de gente
flutuando ao acaso pelas poeiras do ser.
.
.
.
.
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