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MAR DE IDAS E VOLTAS GOTA A GOTA …
Suores frios,
relâmpagos nauseados
por impúdicas chuvas de arrepios.
Armadilhas simples,
coincidências por acaso,
pessoas sem azo de serem gente.
Vozes interiores,
sabores de impaciência,
ausência cuja espera ruge nos arbustos da noite.
Bustos de um açoite de saudade.
Redondezas interplanetárias,
sombras num sarampo de estrelas.
Insónias diurnas… psicadélicas cerimónias noturnas.
Gritos de silêncio,
engrenagens de uma máquina publicitária.
Memórias opostas, rebuliços
que sonorizam ventos nas arestas do tempo.
Ventre em pânico nas mãos de uma floresta
onde os corpos se acossam em roseirais
de algodão-doce.
Sepultura de trancos e roncos
onde os cadáveres sodomizam histórias
de lágrimas e loucura.
Esperanças e fés… energias aos pontapés.
Venenos mungidos das tetas fartas de uma distância.
Mar de idas e voltas gota a gota.
Beijos como ondas revoltas,
mãos soltas como piras vadias pelo horizonte,
mentiras como ponte entre a poeira e as ruínas da carne.
.
.
.
.
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Comentários
Henrique
O desassossego e a paz, o veneno e o antídoto, as emoções humanas sempre se contradizendo.
Beijo
Nanda