A Bailarina

E para uma criança sem maior ou mínima ambição
Um simples presente: uma caixa de jóias pequenina.
E dentro da caixa de jóias havia uma bailarina
Cuja única jóia de sua posse era seu coração.

E caber a tal caixa mal cabia nas mãos
De quem a inocência luzia no olhar: pobre menina!
Feito da pequena nunca sair da sua caixa é a sina
Viverá para atender de um homem a obcessão.

Até que em vertigens terríveis, tamanha a tristeza,
O mundo inteiro ela veja girar ao seu redor
Sentindo-se definhar diante dos olhos do mundo...

E enfim percebendo o quanto somos porcos imundos
A menininha que nunca soube vislumbrar o amor
Por amor a si mesma amaldiçooe a sua beleza.

05 de abril de 2012  -  11h 03min

Submited by

Jueves, Abril 5, 2012 - 19:52

Poesia :

Su voto: Nada (2 votos)

Adolfo

Imagen de Adolfo
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 12 semanas 2 días
Integró: 05/12/2011
Posts:
Points: 3582

Comentarios

Imagen de Adolfo

Fico feliz por todos vocês

Fico feliz
por todos vocês terem gostado (:

Imagen de Jokalink

Exatamente!

Era mesmo isto que eu queria dizer!
Quando dizia, que tenho muito a aprender...

Adorei este poema.

Um grande abraço!

Jorge

Imagen de IsaRobalo

:)

Sem dúvida pensoq eu se resume ou pretende expressar o mesmo sentimento que o meu, adorei parabéns.Toca a alma. Poema que não toque a alma, não é poema!

Imagen de Jorge Humberto

Olá meu querido, amigo, Adolfo,

Olá meu querido, amigo, Adolfo,

neste soneto, triste, onde mostras toda a humilhação, de uma menina, ultrajada por um homem, que, de abusos, a mantém presa no seu quarto, nem a linda caixa de jóias, com uma bailarina, rodando e rodando, ao som da melodiosa música, lhe trará a felicidade, que não tem... menina bonita, traida por sua beleza, que, pela mesma, de odioso ser, a mantém refém.

Teus sonetos são sempre motivo para uma excelente leitura, carregada de mensagens, que mostra teu ser sensível e altruísta, atento a todas as injustiças e descriminações, e que não se omite, enquanto pessoa, que faz parte de uma sociedade, nem enquanto poeta, cujo papel é o de sempre chamar as coisas, pelos seus Nomes, dando voz a quem não a tem.

Abraços meus.
Jorge Humberto

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Adolfo

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Soneto Da usurpação 1 1.094 11/13/2021 - 12:37 Portuguese
Poesia/Soneto "Deus está morto!" 5 3.594 11/13/2021 - 12:35 Portuguese
Poesia/Cumpleaños XXVIII 1 1.014 11/13/2021 - 12:32 Portuguese
Poesia/Soneto Quatro de Copas 0 2.018 03/06/2020 - 22:33 Portuguese
Poesia/Soneto Cântico do cântaro 0 2.829 03/04/2020 - 07:18 Portuguese
Poesia/Soneto Autumnus 0 1.523 01/17/2020 - 01:59 Portuguese
Poesia/Soneto Stigma 0 1.646 01/15/2020 - 08:15 Portuguese
Poesia/Desilusión Versos natimortos 2 3.384 01/15/2020 - 08:05 Portuguese
Poesia/Tristeza Cicatriz 3 2.719 03/21/2018 - 23:49 Portuguese
Poesia/Fantasía Meu pequeno mito da criação 5 2.846 03/18/2018 - 20:29 Portuguese
Poesia/Desilusión 18 - Uísque 2 3.769 03/18/2018 - 20:28 Portuguese
Poesia/Desilusión Uma nau sem rumo 2 3.435 03/18/2018 - 20:25 Portuguese
Poesia/Soneto Ocaso 2 2.741 03/18/2018 - 20:24 Portuguese
Poesia/Soneto Pontius Pilatus 1 3.945 02/28/2018 - 17:24 Portuguese
Poesia/Soneto Boemia 1 2.567 02/27/2018 - 19:05 Portuguese
Poesia/Pasión Konijntje 2 3.436 04/20/2017 - 17:11 Portuguese
Poesia/Erótico Austeridade 2 3.493 04/14/2017 - 15:48 Portuguese
Poesia/Soneto Última lua juntos 1 3.981 01/20/2017 - 10:50 Portuguese
Poesia/Amor Leviatã 0 2.344 02/23/2016 - 00:36 Portuguese
Poesia/Pasión A sós em Cabo Branco 2 2.891 08/27/2014 - 22:21 Portuguese
Poesia/Haiku Hai-kai da lua 1 5.623 06/14/2014 - 00:07 Portuguese
Poesia/Poetrix Do quarto-minguante 2 2.843 06/13/2014 - 23:35 Portuguese
Poesia/Intervención Choque! 0 2.781 06/21/2013 - 20:30 Portuguese
Poesia/Soneto Eu quero ver a grande confusão! 0 3.156 06/19/2013 - 22:31 Portuguese
Poesia/Soneto Revisão De Princípios - Fim Dos Princípios 0 3.638 04/12/2013 - 01:31 Portuguese