A Bailarina
E para uma criança sem maior ou mínima ambição
Um simples presente: uma caixa de jóias pequenina.
E dentro da caixa de jóias havia uma bailarina
Cuja única jóia de sua posse era seu coração.
E caber a tal caixa mal cabia nas mãos
De quem a inocência luzia no olhar: pobre menina!
Feito da pequena nunca sair da sua caixa é a sina
Viverá para atender de um homem a obcessão.
Até que em vertigens terríveis, tamanha a tristeza,
O mundo inteiro ela veja girar ao seu redor
Sentindo-se definhar diante dos olhos do mundo...
E enfim percebendo o quanto somos porcos imundos
A menininha que nunca soube vislumbrar o amor
Por amor a si mesma amaldiçooe a sua beleza.
05 de abril de 2012 - 11h 03min
Submited by
Jueves, Abril 5, 2012 - 18:52
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 2249 reads
Add comment
Inicie sesión para enviar comentarios
other contents of Adolfo
Tema | Título | Respuestas | Lecturas | Último envío | Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Dedicada | Chemistry II | 2 | 1.466 | 07/27/2011 - 19:23 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | Não rezo | 0 | 1.780 | 07/26/2011 - 20:32 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | Saudade | 0 | 1.240 | 07/26/2011 - 19:01 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | No banco de uma praça as escondidas VII | 0 | 1.438 | 07/24/2011 - 22:00 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | No banco de uma praça as escondidas VI | 0 | 1.252 | 07/24/2011 - 21:59 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | No banco de uma praça as escondidas V | 0 | 1.161 | 07/24/2011 - 21:57 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | No banco de uma praça as escondidas IV | 0 | 1.443 | 07/24/2011 - 21:55 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | No banco de uma praça às escondidas III | 0 | 2.094 | 07/24/2011 - 21:52 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | No banco de uma praça as escondidas II | 0 | 898 | 07/23/2011 - 03:18 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | No banco de uma praça as escondidas | 0 | 1.390 | 07/23/2011 - 03:09 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | Bom dia! II | 0 | 1.685 | 07/23/2011 - 02:56 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | O amor... II | 2 | 2.217 | 07/23/2011 - 01:30 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | Tributo a Augusto dos Anjos VII – Devorador de sonhos | 0 | 1.979 | 07/23/2011 - 01:07 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | Tributo a Augusto dos Anjos VI ─ Justiça | 0 | 2.328 | 07/23/2011 - 01:05 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | Olha | 0 | 1.188 | 07/19/2011 - 00:20 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | “Nas noites frias poderia ser como um cobertor” | 0 | 1.493 | 07/19/2011 - 00:05 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | Grilo | 0 | 1.663 | 07/19/2011 - 00:03 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | Somos feito a lua e o mar | 0 | 1.338 | 07/19/2011 - 00:01 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | Ciúmes III | 0 | 836 | 07/19/2011 - 00:01 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Amo II | 0 | 1.864 | 07/19/2011 - 00:00 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Chuva de verão | 0 | 1.463 | 07/18/2011 - 23:59 | Portuguese | |
Poesia/General | About Me II | 2 | 1.503 | 07/18/2011 - 23:51 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | Chuva cai | 0 | 2.123 | 07/13/2011 - 01:07 | Portuguese | |
Poesia/Soneto | Frio infernal | 1 | 1.778 | 07/12/2011 - 00:35 | Portuguese | |
Poesia/General | Tédio Parte II | 1 | 1.215 | 07/10/2011 - 20:35 | Portuguese |
Comentarios
Fico feliz por todos vocês
Fico feliz
por todos vocês terem gostado (:
Exatamente!
Era mesmo isto que eu queria dizer!
Quando dizia, que tenho muito a aprender...
Adorei este poema.
Um grande abraço!
Jorge
:)
Sem dúvida pensoq eu se resume ou pretende expressar o mesmo sentimento que o meu, adorei parabéns.Toca a alma. Poema que não toque a alma, não é poema!
Olá meu querido, amigo, Adolfo,
Olá meu querido, amigo, Adolfo,
neste soneto, triste, onde mostras toda a humilhação, de uma menina, ultrajada por um homem, que, de abusos, a mantém presa no seu quarto, nem a linda caixa de jóias, com uma bailarina, rodando e rodando, ao som da melodiosa música, lhe trará a felicidade, que não tem... menina bonita, traida por sua beleza, que, pela mesma, de odioso ser, a mantém refém.
Teus sonetos são sempre motivo para uma excelente leitura, carregada de mensagens, que mostra teu ser sensível e altruísta, atento a todas as injustiças e descriminações, e que não se omite, enquanto pessoa, que faz parte de uma sociedade, nem enquanto poeta, cujo papel é o de sempre chamar as coisas, pelos seus Nomes, dando voz a quem não a tem.
Abraços meus.
Jorge Humberto