Não tenho cara de poeta.

Certo dia disseram-me
Que não tinha cara de poeta.
Antes de tal julgamento
Pensava eu, que poeta
Precisava ter alma,
E não cara,
Mas equivoquei-me
Por pensar assim.

Descobri que pra ser poeta
É preciso ter cara de tal.
Cara essa que não possuo,
E creio eu nunca vá possuir.

Mas não sou menos poeta por isso.
Não me faço por cara,
E nem por caras me faço abater.
Não escrevo meus versos
Com minha face,
Escrevo-os com meu coração.

E quem meu coração não vê
Diz que não sou poeta.
E ao fitar o olhar em minha face
Ratificam tal afirmação.

Alienação?
Talvez sim,
Talvez não.

Mais uma coisa é certa:
Poeta sem cara
Eu sou de coração.

Submited by

Domingo, Mayo 10, 2009 - 16:23

Poesia :

Sin votos aún

Brunorico

Imagen de Brunorico
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 9 años 6 semanas
Integró: 03/05/2009
Posts:
Points: 528

Comentarios

Imagen de Henrique

Re: Não tenho cara de poeta.

Não escrevo meus versos
Com minha face,
Escrevo-os com meu coração.

Ora aqui está a cara dada do poeta!!!

:-)

Imagen de Brunorico

Re: Não tenho cara de poeta.

Gostei da dica da boina :lol:

Grato pelos elogios e um grande abraço.

Imagen de Conchinha

Re: Não tenho cara de poeta.

Basta a alma, que tão bem deitaste para fora.

Nota:
Dizem que uma boina pode ajudar.
:-)

Abraço, poeta.

Imagen de jopeman

Re: Não tenho cara de poeta.

...mas alma tens
Abraço

Imagen de IsabelPinto

Re: Não tenho cara de poeta.

As afirmações negativas pertencem aqueles que tudo querem destruir e não deixam nenhum rasto na vida ao contrário de ti :-)
Continua a contar a tua Epopeia
Bjs
IC

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Brunorico

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Fotos/Perfil 1025 0 2.222 11/24/2010 - 00:37 Portuguese
Poesia/Desilusión Sonhos envelhecidos. 0 1.877 11/18/2010 - 16:27 Portuguese
Poesia/Pensamientos Cá entre nós. 0 1.623 11/18/2010 - 16:17 Portuguese
Poesia/General Vidas orquestradas. 0 1.512 11/18/2010 - 16:01 Portuguese
Poesia/General O saudosista 0 1.633 11/17/2010 - 23:41 Portuguese
Poesia/General Misantropo até a morte 0 1.653 11/17/2010 - 23:39 Portuguese
Poesia/General Medo de acordar. 0 1.512 11/17/2010 - 23:39 Portuguese
Poesia/Meditación Sapiência infantil. 0 1.592 11/17/2010 - 23:21 Portuguese
Poesia/Meditación Conselhos de um eremita. 0 1.719 11/17/2010 - 23:20 Portuguese
Poesia/Meditación Um morto perdido no tempo. 2 1.500 09/01/2010 - 01:45 Portuguese
Poesia/Meditación A bagagem da maturidade. 1 1.633 08/14/2010 - 11:03 Portuguese
Poesia/Amor Desregrado e desafinado. 2 1.806 08/12/2010 - 18:14 Portuguese
Poesia/Fantasía Sonho efêmero. 3 1.816 08/05/2010 - 01:29 Portuguese
Poesia/General Mesmo que ninguém me leia. 1 1.802 07/19/2010 - 16:22 Portuguese
Poesia/Desilusión Sinuca. 1 1.576 07/02/2010 - 15:12 Portuguese
Poesia/Desilusión Dónde estás la revolución? 1 1.509 06/21/2010 - 22:37 Portuguese
Poesia/General Subsistência. 2 1.656 06/11/2010 - 04:47 Portuguese
Poesia/Desilusión Onde estão as flores? 1 1.458 06/07/2010 - 21:31 Portuguese
Poesia/Meditación Medíocres virtuosos. 0 1.625 05/29/2010 - 18:47 Portuguese
Poesia/Meditación Palavras vazias. 2 1.753 05/16/2010 - 19:25 Portuguese
Poesia/Tristeza O novo envelheceu. 1 1.668 05/16/2010 - 19:21 Portuguese
Poesia/Meditación Esboço poético desvairado. 1 1.595 05/14/2010 - 21:38 Portuguese
Poesia/Dedicada Apolínea. 0 1.565 05/10/2010 - 01:57 Portuguese
Poesia/General Insanidade visceral. 1 1.591 05/05/2010 - 23:08 Portuguese
Poesia/Meditación Preciso dizer que... 1 1.551 04/26/2010 - 03:06 Portuguese