SEDE TURVA …

Não posso caminhar mais por este trilho
assoalhado de breus.

Amortalhado em silêncios.

Sem Deus,
sem semente.

Desaparecido por caminhos
onde os ventos já não varrem tais lágrimas.

Cantigas em dor.
Vertigens desbotadas da existência.

Lâminas.
Resistências esmigalhadas.
Chuvas que enganadas que me vergastam o rosto.

Ausências murmuradas
pela sombra que rasteja na alma.
Profundos sem trela sempre a abater.

Moeda sem faces.
Sentir que sente os disfarces da morte.

Roseira negra que veste a noite de espinhos
que me calam o grito.

Mar que emerge amargurante.

Briza de fantasmas
que me entrançam as palavras
enquanto choro aos pés do tempo.

Sem luar,
Sem água nesta sede turva.
Sem reflexo neste charco de saudade.

Rumor poeirento.
Deserto sem movimento.

Solidão.
Lamento intrínseco.
Pedra embrulhada em arremessos irracionais.

Besuntado de beijos paranormais.
.
.
.
.

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Martes, Abril 17, 2012 - 01:39

Poesia :

Su voto: Nada (2 votos)

Henrique

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Comentarios

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Caminho

Traçamos o nosso próprio caminho, mesmo que por vezes o façamos inconscientemente. Somos aquilo que vemos, vemos aquilo que somos.
Blondie

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Excelente... Parabéns.... Bjs

Excelente... Parabéns....

Bjs na alma

;)

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Parabéns por mais um optimo

Parabéns por mais um optimo texto, fazendo jus à voz que alimenta uma carencia...

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