Artigo de apreciação crítica do filme “Vatel”
Vatel, não é apenas marca de sal, mas também um ótimo filme francês, baseado em factos reais, realizado por Roland Joffé em 2000.
Passado em 1671 no castelo de Condé a norte de França é assim muito bom para perceber o século XVII, em especial a nobreza.
Toda a história baseia-se numa visita do Rei Luís XIV ao Príncipe de Condé, numa tentativa que este último caia nas boas graças do rei, pois passa agora por uma fase complicada e está completamente enterrado em dívidas e necessita da ajuda do rei. Mas o rei não vai sozinho, leva consigo toda a sua corte. Incluindo assim o seu irmão, o marquês de Lauzan e Anne de Monteusier.
Anne de Monteusier é dama de companhia da rainha e vai ter também um papel importante na história, pois, para além de ser desejada pelo rei é também desejada por Vatel.
François Vatel é a personagem principal do filme, um fantástico mestre de cerimónias e uma presença indispensável em todo o decorrer da história como podemos perceber pelo facto de ser dado o seu nome ao titulo do filme.
É extremamente importante que a corte seja bem servida e é Vatel que vai suportar esse cargo, não só organizando as refeições e criando até receitas mas também divertindo a corte com variados espetáculos como encenações teatrais.
Até que num dia em que o peixe falta e Vatel se apercebe que o seu amo o apostou num jogo como se tivesse a apostar um dos seus cães de caça se suicida.
Ao início Anne tratava-o com um certo desprezo devido ao facto de o estatuto de Vatel ser abaixo do seu. E quando finalmente se apercebe o quanto Vatel poderia ser especial, é tarde demais.
Vatel não era somente um magnífico mestre de cerimónias como tinha origens muito humildes e vivia entre aquelas duas realidades tão diferentes.
O filme para além de ter uma história fantástica cheia de amor, traição e desejo, reflete muito bem o tratamento que era dado á nobreza e todas as suas futilidades vividas, depois temos o contraste de como o povo vivia mal e muitas vezes nem era pago pelos serviços que prestava e temos mesmo casos em que elementos do povo perdem a vida em serviço ao rei. É claro que para a nobreza eram meros números e eram mesmo capazes de achar que a pessoa se deveria sentir lisonjeada só por servir o rei e que só por isso nem merecia pagamento.
Era tudo planeado com todo o detalhe e os próprios lugares na mesa não passavam duma encenação hierarquizada do poder. Podemos observar isso quando o rei manda trocar Anne de lugar para mais junto de si.
Concluo enfim, que é esta diversidade de coisas que faz deste filme um filme tão bom e aconselhável.
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Vou colocar na minha lista de
Vou colocar na minha lista de filmes pra assitir e me deleitar!!!
Abraços da StarGirl