MIOLO ABSINTO …

Gago silêncio.

Luar de sol estrábico,
impaciente.

Ardósia que acorrenta
as mãos do vento à guarda da noite.

Arrepio que se escaca em pedaços ístmicos.

Ser entre os aciprestes da realidade
e os decibéis do sonho.

Miolo absinto.

As horas como cobras loucas
que enchumaçam o tempo com estrias rasas.

Insignificâncias e casas de esquecimento.

Rumos que tombam para longe
em cascatas de nada.

Janela de fumos soterrados em prantos.

Floresta de espantos tolos.

Sangues apressados,
pulsos presos por anzois de mentiras.

Iras que amargam
as salivas babadas da poesia.

No mar da alma,
ilhas de vozes fazem fogueiras de socorro.

Jangadas feitas de gritos trôpegos
no céu-da-boca.

Língua mumificada em areias.

Espirros cujas poeiras são dizeres por dizer
num poema deserto.

.
.
.
.

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Jueves, Mayo 24, 2012 - 20:03

Poesia :

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Henrique

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Gostei bastante. Bjs na alma,

Gostei bastante.

Bjs na alma, ...)...(@

:-)

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