Versos Universais V
VERSOS UNIVERSAIS
–V–
Feito há forças nucleares fraca e forte
Também há a indiscriminatória morte,
Contudo enquanto as primeiras a matéria
Mantêm das belas flores tumulares
A fim de as ligações moleculares
Romper seus nonilhões de bactérias
Rege a segunda fiel ao seu mistério
Da vida desvendando os adultérios.
Do que o Vácuo que surge de si casa
A fazer crer que a vida é só terrena,
No vazio que há em si, sem sentir pena
Ou desprezo vem e arranca o par de asas...
De fato a princípio qualquer um assusta
A forma como equilibrada e justa
Por si só se apresenta toda a existência
A todos os que se mostram dispostos
A perceber que não tem cheiro, gosto,
Que não luz nem faz ruído a etérea essência;
A crer na manifestação anestésica
Da plena inexistência sinestésica
Denominada com carinho Morte:
Pena de cada pobre que não enxerga
A mira cega da lâmina cega
Que é travar guerra com a última sorte,
Do vil que se nega ao último leito
Sem poder ter que eis o primeiro peito
Que aos seres todos um dia amamentou.
Daquele que não tem pena da Mãe
Pena! e eis sua pena: joguem-no aos cães...
Ao Cão que dentro de si alimentou.
Pois feito há os fracos e também há a Força
A Mãe sempre é, nos será a jovem moça
Que um dia nos seus ternos braços no pôs...
Pois não importa a Força a força enfraquece,
Quem nos expulsou à luz nos esquece:
Mãe ama até a morte e até disto depois.
João Pessoa - Paraíba - Brasil
27 de agosto de 2012 - 11h 14min
Adolfo Justino de Lima
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Comentarios
Enorme é a nossa
Enorme é a nossa pequenez
ante a dimensão cósmica da vida;
Não é demais realçar uma e outra vez,
que estamos aqui sempre de partida.
Envio um Abraç0o!
Saudações!
_Abilio
Vida e morte são um valsa...
Uma, e outra, e mais oito vezes ou mais! (riso)
E muito obrigado pela assiduidade, caro Henrique Abílio.
VI, VII, e VIII a caminho...
VI, VII, e VIII a caminho...