O sonho-mar de Raimundo

O pai saltava
do pequeno rochedo
onde estava
o pequeno Raimundo

O menino esbanjava
alegria e medo,
vendo o pai a nado,
na onda que arremetia.

Os pescadores
observavam as peripécias
de Antônio das Dores
que nunca vira antes

O mar, o forte
a praia, as dunas
Ele só nadara em açude
e lá no sertão não havia ondas

Finalmente,
após forte emoção
- e preocupação -
com o redemoinho

Antônio se agarra
às pedras da costa,
se corta,
mas retorna,

De sua breve aventura
afinal desafiara a força
das ondas no penhasco
como se o mar fora a caatinga.

AjAraujo, o poeta humanista, escrito em Cabo Frio, em setembro de 2013.

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Lunes, Septiembre 16, 2013 - 03:23

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