AS QUEDAS QUE EU DEI

 

As quedas que eu dei

 

As quedas que dei no meu caminho,

Sempre consegui levantar-me sozinho,

Nunca fiquei caído no chão,

À espera que me dessem a mão,

Tive sempre forças para me levantar,

E no chão nunca quis ficar.

 

O chão eu piso e por ele tenho respeito,

Nele está o meu caminho que foi feito,

Para mim, pela minha força de vontade,

Saindo vencido e vencedor sem vaidade,

Continuando sempre a caminhar,

Porque é nele que quero continuar.

 

No chão ficam os mais fracos,

Feitos de gente e de farrapos,

Mas não devem ser deixados caídos,

Merecem o respeito para serem erguidos,

Pois, a quem fica caído no frio chão,

Não se deve pisar ainda mais o seu coração.

 

A minha vontade sempre foi forte,

Mais do que a minha inteligência,

O meu saber, é o meu enriquecimento,

Que guardo no meu conhecimento,

Para continuar no caminho que escolhi,

E por isso ainda ando por aqui.

 

Estou contente por ser quem eu sou,

Com o meu saber e a minha vontade aqui estou,

Para continuar sempre a aprender,

Para o meu conhecimento enriquecer,

Dele eu nunca me sacio, quero sempre mais,

Pois a saúde e o saber nunca são demais.

 

O saber nunca tem o seu próprio valor,

Se não for transmitido aos outros com amor,

Se ficar só para mim, ninguém sabe que eu sei,

Por isso no meu caminho sempre o darei,

E eu fico feliz porque ele vai continuar,

Noutro caminho ou em qualquer outro lugar.

 

 

Tavira, 9 de Outubro de 2011-Estêvão

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Martes, Enero 14, 2014 - 10:35

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José Custódio Estêvão

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