Libertas


Sinto que as hordas dos homens da direita
seguram os meus versos e tentam calar os meus desejos.
São os velhos censores da nova Ditadura
que em sua medíocre patrulha
buscam a nós outros, os tolos insanos
que abriram a boceta de Pandora
com a dúbia esperança de arautos da bonança.

Mas eles que urrem e vociferem as suas religiosas boçalidades,
pois eis que atravessarei os pântanos em que chafurdam
e como Zaratustra, do alto da Montanha,
a todos conclamarei à liberdade
que salva os anjos
do obscurantismo desses novos tempos e céus.

Danem-se os anões de Liliput, pois eis que
outros Gulliveres ainda chegarão. Ainda nos redimirão.
E vós, Assumares Militares, ao pó voltareis
para que rastejem em sua moralidade burguesa.

Reviva, minha doce companheira, e refaçamos o bom combate.
Sejamos Tamoios a quem nada abate.
Revivamos cada vida perdida e cada utopia corrompida.
É tempo de reacreditar que a Mantiqueira de novo ruge
com a esperada coragem de quem sempre se insurge.

Percorramos os Santos Inconfidentes
e vejamos o quão justa é a sedição.
O quão bela é a sedução
que a todos levanta do rés do chão.

Somos brasileiros livres e libertos.
E sonhamos despertos de peitos descobertos.
Enfrentemos esses novos felicianos dragões
e expulsemos os fantasmas estrangeiros.
Caricatos demônios passageiros.

Que voem como aves de arribação.
Como corvos que são.
E que saibam: aprendemos a dizer NÃO.

               Para todos os caídos em combate pela liberdade.

Submited by

Sábado, Abril 19, 2014 - 15:45

Poesia :

Sin votos aún

fabiovillela

Imagen de fabiovillela
Desconectado
Título: Moderador Poesia
Last seen: Hace 8 años 15 semanas
Integró: 05/07/2009
Posts:
Points: 6158

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of fabiovillela

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Tristeza A Canção de Alepo 0 6.883 10/01/2016 - 21:17 Portuguese
Poesia/Meditación Nada 0 5.965 07/07/2016 - 15:34 Portuguese
Poesia/Amor As Manhãs 0 5.487 07/02/2016 - 13:49 Portuguese
Poesia/General A Ave de Arribação 0 6.029 06/20/2016 - 17:10 Portuguese
Poesia/Amor BETH e a REVOLUÇÃO DE VERDADE 0 7.137 06/06/2016 - 18:30 Portuguese
Prosas/Otros A Dialética 0 11.385 04/19/2016 - 20:44 Portuguese
Poesia/Desilusión OS FINS 0 6.574 04/17/2016 - 11:28 Portuguese
Poesia/Dedicada O Camareiro 0 7.591 03/16/2016 - 21:28 Portuguese
Poesia/Amor O Fim 1 5.913 03/04/2016 - 21:54 Portuguese
Poesia/Amor Rio, de 451 Janeiros 1 10.852 03/04/2016 - 21:19 Portuguese
Prosas/Otros Rostos e Livros 0 8.448 02/18/2016 - 19:14 Portuguese
Poesia/Amor A Nova Enseada 0 6.134 02/17/2016 - 14:52 Portuguese
Poesia/Amor O Voo de Papillon 0 5.688 02/02/2016 - 17:43 Portuguese
Poesia/Meditación O Avião 0 6.176 01/24/2016 - 15:25 Portuguese
Poesia/Amor Amores e Realejos 0 7.627 01/23/2016 - 15:38 Portuguese
Poesia/Dedicada Os Lusos Poetas 0 6.206 01/17/2016 - 20:16 Portuguese
Poesia/Amor O Voo 0 5.856 01/08/2016 - 17:53 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Pessimismo Filosófico 0 9.178 01/07/2016 - 19:31 Portuguese
Poesia/Amor Revellion em Copacabana 0 5.650 12/31/2015 - 14:19 Portuguese
Poesia/General Porque é Natal, sejamos Quixotes 0 6.347 12/23/2015 - 17:07 Portuguese
Poesia/General A Cena 0 6.614 12/21/2015 - 12:55 Portuguese
Prosas/Otros Jihadismo: contra os Muçulmanos e contra o Ocidente. 0 10.088 12/20/2015 - 18:17 Portuguese
Poesia/Amor Os Vazios 0 8.986 12/18/2015 - 19:59 Portuguese
Prosas/Otros O impeachment e a Impopularidade Carta aberta ao Senhor Deputado Ivan Valente – Psol. 0 7.701 12/15/2015 - 13:59 Portuguese
Poesia/Amor A Hora 0 8.938 12/12/2015 - 15:54 Portuguese