Folhas azuis

No meio da imensidão de árvores na floresta,
Uma se destacava por seu estilo
Mais do que peculiar.
Era a árvore de folhas azuis;
Ao contrário das que a cercavam,
Tal árvore não possuía
Folhas verdes como as demais,
Suas folhas eram azuis,
Algumas mesclavam entre
Tons claros e escuros,
Mas todas eram azuis.

Por ser diferenciada
A árvore de folhas azuis
Era profundamente discriminada.
Os pássaros não faziam morada
Em seus galhos,
Os felinos não a escalavam
E as outras árvores dela não gostavam,
Pois a invejavam por ser diferente.

Certo dia um grupo de madeireiros
Resolveu cortar todas as árvores da floresta,
Mas preservaram a de folhas azuis,
Justamente por ela ser diferente.

Durante anos a árvore de folhas celestiais
Imperou impoluta como um ponto azul
Na imensidão da solitária floresta.
E como os pássaros
Que outrora a desprezavam
Não possuíam mais opção,
Restou-lhes apenas,
A eterna bajulação.

Comentário do autor: Os diferentes também possuem o seu valor e a sua beleza particular. Ninguém precisa e nem deve ser igual a ninguém; que chato seria o mundo se todos fossem iguais, pensassem e agissem da mesma forma. É preciso ser diferente , o mundo já está farto dos seres iguais.
Viva a diferença!

http://sentimentocritico.blogspot.com

Submited by

Miércoles, Julio 29, 2009 - 03:03

Poesia :

Sin votos aún

Brunorico

Imagen de Brunorico
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 8 años 45 semanas
Integró: 03/05/2009
Posts:
Points: 528

Comentarios

Imagen de MarneDulinski

Re: Folhas azuis

Brunorico!

Linda poesia, meus parabéns, as matas serão invadidas, para se achar a arvore de folhas azuis!!!

MarneDulinski

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Brunorico

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Fotos/Perfil 1025 0 2.123 11/23/2010 - 23:37 Portuguese
Poesia/Desilusión Sonhos envelhecidos. 0 1.797 11/18/2010 - 15:27 Portuguese
Poesia/Pensamientos Cá entre nós. 0 1.499 11/18/2010 - 15:17 Portuguese
Poesia/General Vidas orquestradas. 0 1.405 11/18/2010 - 15:01 Portuguese
Poesia/General O saudosista 0 1.475 11/17/2010 - 22:41 Portuguese
Poesia/General Misantropo até a morte 0 1.540 11/17/2010 - 22:39 Portuguese
Poesia/General Medo de acordar. 0 1.412 11/17/2010 - 22:39 Portuguese
Poesia/Meditación Sapiência infantil. 0 1.432 11/17/2010 - 22:21 Portuguese
Poesia/Meditación Conselhos de um eremita. 0 1.623 11/17/2010 - 22:20 Portuguese
Poesia/Meditación Um morto perdido no tempo. 2 1.403 09/01/2010 - 00:45 Portuguese
Poesia/Meditación A bagagem da maturidade. 1 1.546 08/14/2010 - 10:03 Portuguese
Poesia/Amor Desregrado e desafinado. 2 1.663 08/12/2010 - 17:14 Portuguese
Poesia/Fantasía Sonho efêmero. 3 1.737 08/05/2010 - 00:29 Portuguese
Poesia/General Mesmo que ninguém me leia. 1 1.731 07/19/2010 - 15:22 Portuguese
Poesia/Desilusión Sinuca. 1 1.458 07/02/2010 - 14:12 Portuguese
Poesia/Desilusión Dónde estás la revolución? 1 1.406 06/21/2010 - 21:37 Portuguese
Poesia/General Subsistência. 2 1.566 06/11/2010 - 03:47 Portuguese
Poesia/Desilusión Onde estão as flores? 1 1.370 06/07/2010 - 20:31 Portuguese
Poesia/Meditación Medíocres virtuosos. 0 1.513 05/29/2010 - 17:47 Portuguese
Poesia/Meditación Palavras vazias. 2 1.624 05/16/2010 - 18:25 Portuguese
Poesia/Tristeza O novo envelheceu. 1 1.545 05/16/2010 - 18:21 Portuguese
Poesia/Meditación Esboço poético desvairado. 1 1.495 05/14/2010 - 20:38 Portuguese
Poesia/Dedicada Apolínea. 0 1.477 05/10/2010 - 00:57 Portuguese
Poesia/General Insanidade visceral. 1 1.504 05/05/2010 - 22:08 Portuguese
Poesia/Meditación Preciso dizer que... 1 1.436 04/26/2010 - 02:06 Portuguese