Descartes e o Racionalismo - Preâmbulo (Apêndice: a Razão)
Num primeiro momento e de modo superficial, o Racionalismo pode ser julgado como sendo apenas uma forma de encarar a vida, o mundo e o homem de maneira fria, distanciada, “racional” e, portanto, incompleta, já que é consenso que o Ser humano é composto essencialmente de alma e físico, corpo e mente, lógica e abstração etc.
Porém, como dissemos, é um julgamento apressado e equivocado, pois o Racionalismo, desde as suas remotas origens na Grécia clássica é, na verdade, o marco inicial do “homem livre”, pois através de seu desenvolvimento o Ser humano pôde se libertar das trevas e do terror causado pelas superstições e pelas crenças infundadas.
Através do Logos é que o indivíduo descobriu-se capaz de domar os elementos e fazer da vida o melhor possível, sem que tal processo implicasse em destitui-lo de suas outras propriedades, tais como o sentimento, a intuição, a imaginação fantasiosa etc.
Nesse Ensaio percorremos a sua trajetória, enfocando principalmente o maior dos Filósofos racionalistas da Idade Moderna, Rene Descartes, sem que isso possa ser visto como um demérito para as figuras dos grandes mestres Sócrates e Platão e para as vicissitudes de antanho.
Apenas para efeito de atualização nos conceitos é que optamos em fazer essa abordagem com maior proximidade cronológica, mas sempre lembrando que a origem de seus princípios encontra-se na alvorada grega do pensamento.
Esperamos que o trabalho seja do agrado de todos.
Apêndice A Razão (cf. dicionário Aurélio):
Faculdade do Ser humano de avaliar, julgar, ponderar ideias universais, raciocínio, juízo.
Faculdade do Ser humano de estabelecer relações lógicas, de conhecer, de compreender, de raciocinar.
(Filos) faculdade superior de conhecimentos que se pretendem dotado de necessidade1e de universalidade, expressos de modo discursivo e cujos princípios são inatos ou “a priori”.
(Filos) sistema de princípios a priori, cuja verdade não depende de experiência física.
(Filos) princípio de explicação: o que dá conta de um efeito.
(Filos) faculdade de conhecer o Real (a realidade) por oposição ao que é aparente ou acidental.
Lambari, MG, 21 de novembro de 2014.
Lettré, l´art et la Culture, Rio de Janeiro, Primavera de 2014,
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