PROSEANDO COM O TEMPO

Tempo velho por que a pressa
Anda ao menos mais devagar
Eu sei que não podes parar
E o motivo tu não confessa
Pode ser ordem ou promessa
Que nunca vais poder quebrar
Por isso vives só a andar
Sem o prazer de quem regressa

Quem sabe faz um tratamento
Talvez tu sofras de ansiedade
Por isso a necessidade
De estar sempre em movimento
Mas teu mistério é ser atento
Controlar o universo inteiro
Ter tanto poder sem dinheiro
Ser eterno todo o momento

Eu até nem te quero mal
Podes em mim acreditar
Talvez tu queiras descansar
Desse andar sem ter final
Mas isso pode ser fatal
Pois a própria morte é o descanso
Então te peço um tranco manso
Pois minha vida é o teu bagual

Quem sabe hoje tenhas coragem
De aparecer em viva tela
Mostra a tua face e revela
A tua invisível imagem
Escreve ou diz uma mensagem
Pra o monólogo virar prosa
Entre um homem e, uma grosa
Que é o próprio tempo de passagem

Sérgio da Silva Teixeira
Bagé/RS.

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Miércoles, Abril 4, 2018 - 22:49

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Sérgio Teixeira

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.

Cansei de ler poesia
sem conteúdo...

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É bom ler isto.
Cansei de ler poema sem mensagem.

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