Venho de uma pequena ciência,

Ao pousar do vento Anabático
Despenha-se-me o pensamento,
A lógica, o valor e o significado são
Insónia de semi-acordado ou de lastro,

Em enseada pacífica e repousada,
Venho de uma pequena ciência,
Em que os dias são todos habituais,
Cá fora formam-se grandes coisas

Ao abrigo da conspiração dos hábitos,
Temem a desolação que habita dentro
De mim, sem dúvida sou pequeno, estranho
É tudo em mim, assim a noite escura e a meia

Altura de tamanho e peso, quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
Num armário de veludo preto, a sós comigo,
Mais nada, venho de uma ciência pequena,

Quanto o hálito que inspiro, inútil paira
Em torno de mim como uma serpente alada,
Singela parda, cinge-se-me ao rosto,
Perturba-me a alma desde a infância,

Cola-se-me aos ouvidos e olhos, como
Pragana ou na cadência das escamas,
Ninguém deveria possuir desta forma,
Sonhos que se colam ao canto dos olhos

E na boca imposta, repetidores de poentes,
Engenharia de um falso “Demogorgon”
Dos sentidos, sem existência real, nem
Substancia lendária, apenas a indiferença

De um Anabático vento, sem fôlego…

Jorge Santos 09/2019
http://namastibetpoems.blogspot.com

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Jueves, Octubre 17, 2019 - 18:10

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quanto à sorte, Soçobrarei na

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Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”

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