Venho de uma pequena ciência,
Ao pousar do vento Anabático
Despenha-se-me o pensamento,
A lógica, o valor e o significado são
Insónia de semi-acordado ou de lastro,
Em enseada pacífica e repousada,
Venho de uma pequena ciência,
Em que os dias são todos habituais,
Cá fora formam-se grandes coisas
Ao abrigo da conspiração dos hábitos,
Temem a desolação que habita dentro
De mim, sem dúvida sou pequeno, estranho
É tudo em mim, assim a noite escura e a meia
Altura de tamanho e peso, quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
Num armário de veludo preto, a sós comigo,
Mais nada, venho de uma ciência pequena,
Quanto o hálito que inspiro, inútil paira
Em torno de mim como uma serpente alada,
Singela parda, cinge-se-me ao rosto,
Perturba-me a alma desde a infância,
Cola-se-me aos ouvidos e olhos, como
Pragana ou na cadência das escamas,
Ninguém deveria possuir desta forma,
Sonhos que se colam ao canto dos olhos
E na boca imposta, repetidores de poentes,
Engenharia de um falso “Demogorgon”
Dos sentidos, sem existência real, nem
Substancia lendária, apenas a indiferença
De um Anabático vento, sem fôlego…
Jorge Santos 09/2019
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 8371 reads
Add comment
other contents of Joel
Tema | Título | Respuestas | Lecturas | Último envío | Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/General | Venho assolado p'lo vento Sul | 0 | 2.736 | 11/13/2013 - 12:22 | Portuguese | |
Poesia/General | Ainda hei-de partir por esse mundo fora montado na alma d'algum estivador | 0 | 1.986 | 11/13/2013 - 12:21 | Portuguese | |
Poesia/General | Pressagio | 0 | 3.049 | 11/12/2013 - 15:27 | Portuguese | |
Poesia/General | Dai-me esperança | 0 | 3.838 | 11/12/2013 - 15:26 | Portuguese | |
Poesia/General | Quando eu morrer actor | 0 | 1.569 | 11/12/2013 - 15:25 | Portuguese | |
Poesia/General | Meca e eu | 0 | 1.023 | 11/08/2013 - 10:08 | Portuguese | |
Poesia/General | Quem | 0 | 2.176 | 11/08/2013 - 10:07 | Portuguese | |
Poesia/General | houve tempos | 0 | 2.603 | 11/08/2013 - 10:05 | Portuguese | |
Prosas/Otros | GR 11 (14 dias) correndo de Irun a Cap de Creus | 0 | 3.581 | 11/07/2013 - 15:37 | Portuguese | |
Prosas/Otros | O regressO | 1 | 4.243 | 11/07/2013 - 15:34 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Mad'in China | 0 | 3.960 | 11/07/2013 - 15:31 | Portuguese | |
Poesia/General | Tenho escrito demasiado em horas postas | 2 | 2.213 | 11/07/2013 - 11:59 | Portuguese | |
Poesia/General | Vivesse eu... | 0 | 3.271 | 11/07/2013 - 11:31 | Portuguese | |
Poesia/General | Na cidade fantasma... | 0 | 1.108 | 11/07/2013 - 11:30 | Portuguese | |
Poesia/General | Pudesse eu | 0 | 1.567 | 11/07/2013 - 11:29 | Portuguese | |
Poesia/General | Quando eu morrer actor | 0 | 767 | 02/16/2013 - 22:02 | Portuguese | |
Poesia/General | O que é emoção e o que não o é... | 0 | 2.335 | 02/16/2013 - 22:01 | Portuguese | |
Poesia/General | Sombras no nevoeiro | 0 | 3.052 | 02/16/2013 - 21:59 | Portuguese | |
Poesia/General | o dia em que o eu me largou | 2 | 1.342 | 12/30/2011 - 12:24 | Portuguese | |
Poesia/General | ciclo encerrado | 0 | 2.129 | 03/11/2011 - 22:29 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | gosto | 0 | 2.754 | 03/02/2011 - 15:29 | Portuguese | |
Poesia/General | A raiz do nada | 0 | 2.054 | 02/03/2011 - 20:23 | Portuguese | |
Poesia/General | Tão íntimo como beber | 1 | 962 | 02/01/2011 - 22:07 | Portuguese | |
Poesia/General | Gosto de coisas, poucas | 0 | 1.457 | 01/28/2011 - 17:02 | Portuguese | |
Poesia/General | Luto | 1 | 2.543 | 01/15/2011 - 20:33 | Portuguese |
Comentarios
quanto à sorte, Soçobrarei na
quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
quanto à sorte, Soçobrarei na
quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
quanto à sorte, Soçobrarei na
quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
quanto à sorte, Soçobrarei na
quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
quanto à sorte, Soçobrarei na
quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
quanto à sorte, Soçobrarei na
quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
quanto à sorte, Soçobrarei na
quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”
quanto à sorte, Soçobrarei na
quanto à sorte,
Soçobrarei na morgue, “à porta-fechada”