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o dia em que o eu me largou


O dia em que o meu eu me largou

No dia em que o eu me largou,
Arreiguei um cargo desnecessário,
160 Graus/leste, (a meu ver) antónimo
Da noção de básico e sem préstimo

E onde o ermo é o meu elemento supremo,
Cansado do ser que eu próprio sou,
Cem por cento anónimo e néscio,
Tomei a paz como acessível confessionário,

Não, que não queira o sentir que possuo,
Mas não aprendi a ser mais espontâneo
Nem no vigésimo dia em que o eu me largou
Actualmente confesso não ter fé num novo cenário

E ainda penso no sossego do sol tardio,
Como a resignação perfeita do final do dia ,
E uma visão do mistério que não controlo,
Mas tento manter o essencial d'ele ao colo,

Apesar d’ uma crença orgânica num novo eu.

Jorge Santos (03/2011)
http://joel-matos.blogspot.com

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terça-feira, março 15, 2011 - 22:59

Poesia :

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Joel

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Comentários

imagem de Chico Costa

Cem por cento anónimo e néscio, Tomei a paz como acessível confe

"Cem por cento anónimo e néscio,
Tomei a paz como acessível confessionário"

Prezado Joel

Bem aventurados os que empreendem esta busca!

Felizes os que buscam contemplar o mistério de si e o mistério que lhes deu a origem!

Parabéns pelo poema!

imagem de Dionísio Dinis

Um momento em que o "eu" e o

Um momento em que o "eu" e o seu construtor se unem para produzir um belíssimo acto de escrita.Gostei!

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