Sem forma
Da antropologia cristã ficou este cálice
Do pecado a espreitar esta frágil forma
Ficou nada mais do que a vaga aurora
A manipular este coração mesquinho.
Não foram as gotas derradeiras da tempestuosa chuva
Que me limitou a exaltar as barrocas formas
Não foi pouco menos a ausente aurora
Que no crepúsculo se dissipou.
Das vozes vociferadas naquele sertão longínquo
Das Marias e dos Zés de algum ninguém que já o foram
Impregnados nos ocos santos de jardins
De um amor suspenso.
Nas palavras e nos gestos ora dispersos
Esmiuçados e embebecidos numa dose de rum
Ficaste este vazio universo
De senhor algum.
Submited by
Miércoles, Enero 15, 2020 - 03:16
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 720 reads
other contents of ntistacien
Tema | Título | Respuestas | Lecturas | Último envío | Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/General | Grito de libertação | 2 | 439 | 05/01/2010 - 20:53 | Portuguese | |
Poesia/General | Representação | 3 | 444 | 05/01/2010 - 20:52 | Portuguese | |
Poesia/General | Incondicional | 1 | 481 | 04/29/2010 - 19:50 | Portuguese | |
Poesia/General | Guérnica errante | 1 | 458 | 04/29/2010 - 19:49 | Portuguese | |
Poesia/General | Desilusão | 1 | 458 | 04/29/2010 - 19:48 | Portuguese | |
Poesia/General | Eu versus mundo | 1 | 467 | 04/23/2010 - 21:49 | Portuguese |
Add comment