Cena Cotidiana
Traz nas mãos, a rede
na bolsa, o peixe, do mar fruto
Leva nas mãos, o terço, vede
no ventre, a criança, da vida fruto
Ele pesca – dor
Ela sente – dor
Leva no corpo, os traços,
as marcas do tempo, das barcas
Traz ao colo, acolhe em ternos abraços
os brotos do germinar, garotos
Ele luta – dor
Ela cala – dor
Traz na face, duros sinais
da maresia, do dia de pouca freguesia
Leva a mesa, o de sempre
amargos dias, quem sabe amanhã aspargos
Ele queixa – dor
Ela tolera – dor
Leva o olhar, ao tempo
pressente a canção do vento,
Levanta-se e se faz presente
Traz os cestos, para o bazar seu melhor bordado
na esperança, por seus rendados vender e amanhã bonança
Ele torce – dor
Ela ganha – dor
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em 22/4/96.
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Domingo, Diciembre 13, 2009 - 09:56
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Comentarios
Traz os cestos, para o bazar
Traz os cestos, para o bazar seu melhor bordado
na esperança, por seus rendados vender e amanhã bonança
Ele torce – dor
Ela ganha – dor
Re: Cena Cotidiana
AjAraujo!
LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
Traz os cestos, para o bazar seu melhor bordado
na esperança, por seus rendados vender e amanhã bonança
Ele torce – dor
Ela ganha – dor
SUPORTAM TUDO ISSO, FAZENDO, TENDO E DANDO MUITO AMOR!
Meus parabéns,
MarteDulinski
Re: Cena Cotidiana
AjAraújo,
Gostei muito da forma como escreveste. Vida sentida.
Abraços :-)