Pôr-do-sol
A terra, o ar, o infinito e a solidão.
Sombras nas luzes profundas,
Neste sonho, o pesadelo da escuridão
Emergindo das catacumbas.
A febre nas noites perpassando,
Virações frias no reposteiro
Trazendo lembranças de um encanto:
Meu passado, glorioso e verdadeiro.
Juventude: porvir da esperança,
Meiguice n'alma e no coração,
Sonhos de inocente criança
Perdidos na selva da amplidão.
Chorarei por ti, oh saudade.
Que lembranças e que amores,
Desses tempos sem maldade,
Dessa vida de fulgores.
Já não brilha mais tua aurora,
Vindouro, que ontem sonhei.
A lufada com a febre assola,
Oh saudade, por ti morrerei.
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Lunes, Enero 11, 2010 - 10:51
Poesia :
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Comentarios
Re: Pôr-do-sol
Magnifico, poema,
Magnífico retrato,
da saudade.
:-)
Re: Pôr-do-sol
Beto,
Uma poesia que oscila entre o querer e o não querer, entre o que foi e o que vem... Escrita de forma magistral.
Gostei imenso.
Re: Pôr-do-sol
"A febre nas noites perpassando,
Virações frias no reposteiro
Trazendo lembranças de um encanto:
Meu passado, glorioso e verdadeiro."
Esse limbo entre a glória de um passado bem vivido e um porvir obscuro, fruto de um presente insatisfatório. Adorei este poema. Como sempre fantástico.
Beijos.
Re: Pôr-do-sol
Chorarei por ti, oh saudade.
Que lembranças e que amores,
Desses tempos sem maldade,
Dessa vida de fulgores.
Já não brilha mais tua aurora,
Vindouro, que ontem sonhei.
A lufada com a febre assola,
Oh saudade, por ti morrerei.
LINDO DEMAIS, GOSTEI IMENSO!
Meus parabéns,
Marne
Re: Pôr-do-sol
Betofelix;
Emoção em delirio e sonho cortante.
fantástica a quadra...
Já não brilha mais tua aurora,
Vindouro, que ontem sonhei.
A lufada com a febre assola,
Oh saudade, por ti morrerei.
mistura de exaltação da saudade com nostalgia de quem não surge.
muito bom...favoritos!