ARESTA POÉTICA

Desleixo-me em dor.

Quão teatro
de água imunda
é este sossego de cores
num corisco atenuando o timbre
de uma maldade que se aflige virgem.

Curvo-me desvairo.

Toco sem alma
o calafrio do meu corpo
com o Ás de momento ávido
de um desejo que me despe pensar.

Sou óbito sem letras.

Descrevo-me estrofe
de um pavão espontâneo
que de mim sai noite ao luar
de uma bela melodia de sorrisos
que pairam nos degraus da madrugada.

Sou aresta poética.

Bravio sol
na ternura de um enleio
com que incendeio vísceras nuas
no vulto da minha loucura fulgente
na ribalta do meu olhar desaprumado.

Enlouqueço-me de medo.

Tanta tormenta
ainda ri silêncio na sombra
de poemas que perseguem marés
nesta estúpida embriaguez boémia
que me embaça os pés de mel sofrido.

Ecoo o fim da eternidade que soo.

Trovo liberdade
que me amordaça equívoco
na falência das palavras em flor
que fenecem numa letargia rancorosa
no pântano do meu céu de sonhos inférteis.

Página incessante.

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Viernes, Enero 15, 2010 - 00:05

Poesia :

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Henrique

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Comentarios

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Re: ARESTA POÉTICA

Muito bom. Loucura , boemia, desespero some tudo e se vê alguém de sonhosinférteis. Gostei!! PArabéns. Abrasss

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Re: ARESTA POÉTICA

LINDO POEMA, GOSTEI!
Meus parabéns,
Marne

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