Incidência da luz obliqua

Incidência da luz obliqua

Revelando a incidência da luz obliqua,
Transversal no seu berço à coesão do ser,
Salgadas gotas liquidas que o estuário purifica,
Aguardas recôndita na acalmia do raro alvorecer;

Por opção saúdas o nivelado raiar solar,
Da intempérie cessada à ávida ostentação,
Dos momentos de real chuva afinal a lastimar,
Duvidavas então da tua inquestionável devoção,

Para que puro manancial a brandamente jorrar?
Ao então sentenciado à inclemência dos fracos,
Aligeirado fundo pela tenacidade do ténue ecoar

De quartos vazios, errando por infindáveis charcos,
Empório do poeta de visões estupradas em seu ressoar,
A alma permanece imobilizada entre seus sinais parcos.

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Martes, Enero 26, 2010 - 00:57

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Re: Incidência da luz obliqua

quando a fosforescência devolve a calma que os ecos do poeta roubavam à noite

mto bom

bem-vindo

abraço

Imagen de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Incidência da luz obliqua

Gostei deste lindo soneto.

Parabéns,
um abraço,
REF

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