Cronologia do descaso

Meu amor é feito de erros
meus acertos cheios de amor
meus feitos entupidos de torpor.
Vazios cheios, me cheiram á enterros.
Na solidão...
Um bicho só.
Na presença!
Mancípio de sua ausência.
Por tanto zelo
tudo de barro
nada de pó.
Palavras sujas e escrúpulos em falta:
Peso e consciência.
Palavras muitas pra concertar.
Poucas palavras pro amar.
O inverso a face do caos?
Poucas palavras pro concertar.
Palavras muitas pra amar.
Vazão ao instinto da carne?
Razão ao destino em parte?
Sujo amor da falta de zelo
cheio em torpor e ausência.
Dará razão a entupida vazão?
Desse mancípio do pó
falta de escrúpulos e consciência.
Erros em cheio, cheiram-me os enterros.
Sem acertos, nada de feitos, amor vazio:
Só um bicho só.

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Lunes, Abril 12, 2010 - 00:00

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Felipe_oceano

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Re: Cronologia do descaso

Realmente uma cronologia da desilusão.
Bom poema gostei.

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