Madre, mama, mãe...

Estava folheando as amarelas páginas
de um imaginário caderno
a procura de algo, quando subitamente imaginas
letras, palavras foram brotando de um colorido,
em um momento terno.

...e no círculo guia que se faz a vida, mirava
o nascer e o renascer, de uma poesia viva
de semente, flor, broto, fruto que aparecia
e de uma mãe divina, natureza, que a todos acolhia

...e neste transe que a ocasião permitiu a abstração
pude transcender as relações dos tempos e espaços
fugir dos estereótipos, para uma real concentração
no simbolismo da mãe, geradora de humanos laços.

...assim passaram de forma intensa, mas fugaz
imagens, sonhos, visões de uma madre com criança que em fração de segundos se transformava em luz
como a guiar-me ao núcleo da grande espiral universal em uma dança

...recomposto do denso momento
uma sensação percorreu-me adentro a alma
de fé no ser humano, na força do sentimento
do amor materno vem o impulso vital, a nossa chama...

AjAraújo, o poeta humanista, dedicado a minha querida mãe, escrito em 12/5/2001.

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Domingo, Abril 18, 2010 - 13:56

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