SEMELHANÇAS DISSEMELHANTES

Sou Eu,
o entretanto,
entrelinhas minuciosas
entre a espada da vida e a parede
dos sonhos onde não me combino.

O talvez
de pés na cama,
o arame encarquilhado
no limiar da alva que não afino.

Sou acre lírio.

O massacre
do princípio findo,
a veneração do fim iniciado.

Amador amado.

O além delírio
das semelhanças dissemelhantes.

O receio de uma alma fria.

A herança
do homem que sou,
tormenta torneada de utopia.

Destrambelhantes.

Sou nada,
côdea gelada,
um quase enigma,
prenúncio desaprovado.

Serôdia fome de um fado.

Dispêndio farto,
o vazio das imaginações,
alucinações contorcionistas.

Sou tudo,
sou o Eu que conheço,
o Eu que me desconheço.

Longe das vistas.

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Jueves, Mayo 6, 2010 - 00:29

Poesia :

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Henrique

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Comentarios

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Re: SEMELHANÇAS DISSEMELHANTES

Lindo Henrique! Dissertações de um ser sobre o ser que é

Sou tudo,
sou o Eu que conheço,
o Eu que me desconheço.

Gostei imenso
Abraço
Ñuno

Imagen de marialds

Re: SEMELHANÇAS DISSEMELHANTES

Realmete tudo que parece ser, pode não ser.
Uma realidade muito bem construída em poesia.
Parabens!!!

Imagen de vitor

Re: SEMELHANÇAS DISSEMELHANTES

Caramba!
Cada poema, um melhor que o outro...
Este então é maravilhoso, lindo! soberbo!
Sei lá... é fantástico, bombástico!
Quem me dera!
Estou sem palavras.

Abraço.
Vitor.

Imagen de mariacarla

Re: SEMELHANÇAS DISSEMELHANTES

De um amador amado, existe sempre uma nova fase da vida... Boa! pois nessa fase poeta, serás tudo! :-)

Beijinho

Carla

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