As palafitas

Este poema é sem forma
veio sem água, só rochas
não é do rio, é ribeirão
veia sem sangue, só mangue
não é vinho, é vinagre

Este poema é sem destino
caminho de espinhos, sem rosas
deserto de paixões, sem oásis
estrada de ambições, sem Deus
aventura no mar, sem bússola

Este poema é do charque
é da miséria, da fome
é de sangue, de suor
é de cachaça, de cerveja

Este poema brota nas palafitas, casas de barro
que geme nos "buchos" sedentos, nas favelas
que se acidenta pela anemia, no trabalho
que é maldito, sem forma, sem destino, só sofrer.

AjAraújo, o poeta humanista, escrito em Outubro de 1979.

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Jueves, Julio 29, 2010 - 13:42

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AjAraujo

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