Viver às escuras

Num fundo azul as bolas explodem
presas pelos arames dos meus tornozelos.
Tenho um olhar alienígena nos traços da face
amordaçado ao fim de cada segundo.
.
Alta tensão em cada frágil despertar.
.
As baias perfuram a malha da pele,
as estrelas são poeira no colarinho ensanguentado;
a noite esconde os olhos rendados
de um corpo que não sabe dançar.
.
Apagão.
.
Fecho os olhos devagar.
Não espero abri-los novamente enquanto doer.
.
Terei de viver eternamente às escuras?

rainbowsky

Submited by

Lunes, Agosto 2, 2010 - 23:51

Poesia :

Sin votos aún

rainbowsky

Imagen de rainbowsky
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 5 años 43 semanas
Integró: 02/20/2010
Posts:
Points: 1944

Comentarios

Imagen de Henrique

Re: Viver às escuras

Alta tensão em cada frágil despertar.

Bom poema!!!

Devemos pensar depois de o ler, é uma reflexão interessante para todos!!!

:-)

Imagen de MargaridaRibeiro

Re: Viver às escuras

Os olhos rendados agradecem o apagão, porque se "as estrelas são poeira no colarinho ensaguentado" encerrar os portões que queimam é o átrio do esquecimento. O apagão que é tormento de uns descerra-se assim em suave brisa cega.

Um poema interessante.

:-)

Imagen de Worlords

Re: Viver às escuras

Não terás de viver eternamente a escuras...

Tens e de abrir os olhos para poderes ver a luz...

Sofrendo, aprendendo a suportar a dor..

Todos nos temos a nossa luz, muitas vezes nós é que nem a procuramos....

Muito bem

Muitos significados

Muitas formas de interpretar o seu poema

Parabéns

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of rainbowsky

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Tristeza Sinfonia em sete tons 0 1.406 02/06/2011 - 19:00 Portuguese
Poesia/Tristeza Aceitação com mágoa 0 1.620 02/02/2011 - 18:58 Portuguese
Poesia/Tristeza Tu, lanças-me 1 1.551 02/01/2011 - 19:23 Portuguese
Poesia/Tristeza Alma sóbria 1 892 01/31/2011 - 23:15 Portuguese
Poesia/General Amor sem rumo... 1 940 01/27/2011 - 21:09 Portuguese
Poesia/Meditación Dúvida infernal 1 1.474 01/25/2011 - 21:34 Portuguese
Poesia/General Strange XV - A morte que não foi 0 999 01/13/2011 - 17:57 Portuguese
Poesia/General Strange XIV - As hienas e o meu instinto assassino 0 907 01/13/2011 - 17:53 Portuguese
Poesia/General Strange XIII - Os mistérios do amor 0 833 01/13/2011 - 17:37 Portuguese
Poesia/General Strange XII - Porque choravas? 0 1.527 01/11/2011 - 18:30 Portuguese
Poesia/General Strange XI - Errar de novo 0 1.379 01/11/2011 - 18:18 Portuguese
Poesia/General Strange X - O robô que existia em ti 0 1.283 01/08/2011 - 13:20 Portuguese
Poesia/General Strange IX - Pura e nítida 0 1.787 01/08/2011 - 13:15 Portuguese
Poesia/General Strange VIII - Jogo de cartas e música 0 1.812 01/08/2011 - 13:03 Portuguese
Poesia/General Strange VII - Naufrágios da alma e o fundo do mar 0 760 01/07/2011 - 15:29 Portuguese
Culinária/Postres Pudim de laranja 0 2.972 01/07/2011 - 15:25 Portuguese
Culinária/Pasteles Brisas do Lis 0 3.500 01/07/2011 - 15:22 Portuguese
Culinária/Pasteles Bolo Xadrez 0 3.781 01/07/2011 - 15:10 Portuguese
Culinária/Pasteles Bolo fofo de chocolate 0 2.740 01/07/2011 - 15:07 Portuguese
Poesia/General Strange VI - A cumplicidade e o medo do escuro 0 979 01/07/2011 - 14:41 Portuguese
Poesia/General Strange V - A vida é tão curta 0 1.469 01/07/2011 - 14:37 Portuguese
Poesia/General Strange IV - A partilha e os caramelos 0 579 01/07/2011 - 14:34 Portuguese
Poesia/General Strange III - O anjo sonâmbulo 0 1.125 01/07/2011 - 14:29 Portuguese
Fotos/Naturaleza Prece 1 1.564 01/06/2011 - 23:56 Portuguese
Poesia/General Strange I - O peixe e a boca de vidro 1 918 01/06/2011 - 17:56 Portuguese