Temores

Temo o sol,
que traz luz, que insiste em banhar
o meu árido viver.

Temo o sol,
que clareia os passos incertos,
na busca ansiosa pelo futuro.

Temo sim, o sol
que é imperativo, mas que se vai
e me deixa na noite obscura
sem nada, e retorna cedo
a deixar-me com nada.

Temo o luar,
as estrelas mais temo,
só vejo pontos, vagos lumes
no espaço sideral sem fim.

Temo o próprio universo,
qual minúsculo ponto inerte,
que me perco, me lanço a cair,
a cegar-me feito cometa em rota solar.

Temo, temo tudo que traz,
pois, não sei se levará,
a maior das dores que sinto,
temo e temerei, pois sinto...

AjAraújo, o poeta humanista, poema escrito em agosto de 1975.

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Miércoles, Octubre 13, 2010 - 00:30

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AjAraujo

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Temo, temo tudo que

Temo, temo tudo que traz,
pois, não sei se levará,
a maior das dores que sinto,
temo e temerei, pois sinto...

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